É já a partir desta terça-feira que a praia da Física, em Santa Cruz, Torres Vedras, acolhe a última etapa do mundial de qualificação, o Estrella Galicia Santa Cruz Pro presented by Noah Surf House.

São mais de 130 os surfistas que rumam agora ao Oeste para disputar os tão desejados 3.000 pontos que podem mexer com o ranking.

A prova decorre de 12 a 16 de abril, e depois desta última etapa, em Santa Cruz, ficarão assim definidos os 10 surfistas apurados para o Challenger Series (nove atletas, mais um wild-card definido pela WSL) que, de maio a dezembro, vão lutar por um lugar entre a elite do surf em 2023.

Em prova, em Santa Cruz, estarão 28 portugueses, entre eles Vasco Ribeiro. Depois do 25.º lugar no QS 3.000 na Caparica, Vasco está atualmente no 23.º lugar do ranking, mas ainda com possibilidades matemáticas de figurar no top 9 que dá acesso ao Challenger Series. E se, em 2021, Vasco venceu em Santa Cruz, este é um feito que quer repetir.

"Quero manter o título em casa, Santa Cruz é um dos sítios que eu mais adoro, onde passo muito tempo a treinar, onde me sinto super à vontade, há ondas boas, com força, que é o que mais gosto. Este ano é para ir com tudo”, referiu Vasco no lançamento da prova que começa esta terça-feira. E acrescentou: “Costumo sempre surfar por ali, Santa Rita, Praia Azul ou em frente ao Noah, onde estiverem melhores bancos... Gosto de Santa Cruz porque tem menos ‘crowd’ do que Ericeira ou Peniche, por exemplo, e por isso estamos mais à vontade a experimentar pranchas, e a treinar. Santa cruz é linda como é e espero que fique assim”, referiu ainda o surfista da Praia da Poça, que no ano passado conquistou o título europeu. Quanto às contas, para já, uma coisa de cada vez: “O plano é estar concentrado, e depois logo penso no resto.”

No circuito masculino, o francês Maxime Huscenot é o líder, tendo já garantido o título europeu por antecipação na Costa de Caparica. Na segunda posição segue Ramzi Boukhiam. Com um 1.º lugar em Israel – onde partilhou o pódio com Teresa Bonvalot -, um 5.º lugar na Costa de Caparica e um 13.º nos Açores, o surfista marroquino está bastante motivado com a etapa de Santa Cruz.

“Passei bons momentos em Santa Cruz. No primeiro ano em que participei, [2018] fiquei em 3.º e no ano seguinte em 2.º. Nunca ganhei, mas quero muito! Adoro Santa Cruz, é um ‘beach break’ muito poderoso. Há sempre ondas, mesmo quando está mais pequeno. Sempre que fui lá, havia ondas”, confessou Ramzi, que, na verdade, já vem para Portugal, com os pais, desde criança: “Tenho muitos amigos aqui, sinto-me sempre em casa.” Sobre o 2.º lugar no ranking, Ramzi admite que está numa boa posição, mas diz não pensar muito nisso.

“Quero só surfar, fazer um bom resultado e chegar em boa forma ao Challenger”, referiu. Quanto às condições, a expetativa é alta: “Parece que vai estar bem grande no início, parece que vamos ter excelentes ondas.”

Depois do sucesso da etapa da Caparica, que teve como grandes vencedores, Teresa Bonvalot e Maxime Huscenot, a ação prossegue agora em Santa Cruz, antes de, em maio, seguir para a Austrália, onde arrancará o Challenger Series. Assim sendo, em prova, no masculino, e a representar Portugal, estão 28 surfistas. São eles Pedro Henrique, Francisco Almeida, Guilherme Fonseca, Vasco Ribeiro, Luís Perloiro, Guilherme Ribeiro, Joaquim Chaves, Afonso Antunes, Eduardo Fernandes, Jácome Correia, Miguel Blanco, Henrique Pyrrait, José Champalimaud, Diogo Martins, Martim Carrasco, Rafael Silva, Martim Paulino, Francisco Queimado, Daniel Nóbrega, Tomás Fernandes, João Vidal, Gabriel Ribeiro, Francisco Ordonhas, Rodrigo Lebre, Hugo Cardoso, João Mendonça, Peter Healion e Baltazar Pinto.

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