Fernando Feijão vai ser o novo presidente da Federação Portuguesa de Orientação (FPO) para os próximos quatro anos e promete colocar a modalidade no mapa.

Depois de ter liderado a Federação de Triatlo de Portugal durante quatro anos, o economista disse em entrevista à agência Lusa que lhe foi lançado o desafio de assumir os destinos da FPO e que foi a paixão pela modalidade que o fez aceitar mais este desafio federativo.

"A orientação é uma modalidade que me diz muito, que comecei a praticar ainda na década de 90. Depois, como nos últimos dois mandatos fiz parte do conselho fiscal da federação, pensei e decidi avançar", conta Fernando Feijão.

Para o mandato de 2020-2024, o dirigente sublinha que o principal objetivo passa por dar à modalidade "o destaque que ela merece".

"A modalidade está estável, mas aquém da sua valia. Tem um potencial enorme e é preciso disponibilidade para o desenvolver", diz o economista, que acrescenta que a FPO está "financeiramente segura" e que esse é um estatuto que pretende prolongar.

Sobre o crescimento da modalidade, o futuro presidente da FPO diz que a pandemia de covid-19 pode até ser uma aliada dadas as características deste desporto.

"É uma modalidade que se pratica preferencialmente na floresta, é individual e as partidas são desfasadas. Não há grandes aglomerados de pessoas, por isso não levanta qualquer perigo", resume Fernando Feijão, que destaca ainda o facto de a orientação juntar a capacidade física e cognitiva na mesma equação e sublinha: "Ninguém pense que consegue correr ao seu mais alto nível se não estiver concentrado a ler o mapa."

Este praticante veterano, que quer levar a orientação a crescer, abrindo portas aos mais novos, conta para isso com a ajuda do desporto escolar e do desporto jovem: "Vamos procurar cativar novos praticantes, mas sem esquecer os mais velhos, pois estamos a falar de uma modalidade que se pratica dos cinco aos 90 anos."

Com 50 clubes federados e cerca de 4.000 praticantes, a orientação em Portugal sofreu, como outras modalidades, uma interrupção devido à pandemia, mas Fernando Feijão esclarece que a partir de setembro vão ser disputadas as provas dos campeonatos nacionais e da taça de Portugal que estão por fazer.

Quanto às eleições do próximo sábado, 20 de junho, como único candidato, Fernando Feijão tem vitória garantida, mas pede a todos os delegados que se dirijam à mesa de voto.

"Termos uma boa afluência a este ato eleitoral será uma prova de confiança, mas também de responsabilização da próxima direção", termina.