O piloto português Paulo Gonçalves (Honda) manteve hoje o quarto lugar nas motas, após a segunda etapa do rali de Marrocos em todo-o-terreno, num dia em que Mário Ferreira foi segundo dos SSV.

Fazendo dupla com Nuno Matias Guilherme no CanAm da Benimoto Racing Team, Mário Ferreira aproveitou a etapa em Erfoud, com 285 quilómetros, para ascender ao oitavo lugar desta categoria, liderada pelo espanhol Gerard Farrés. "Ontem [sexta-feira] foi para tentarmos perceber como era o ritmo da prova e hoje atacámos", explicou o piloto português.

Luís Portela de Morais (CanAm) é sexto, enquanto o antigo treinador do FC Porto, André Vilas Boas (CanAm), ocupa o 12.º lugar, diante de Miguel Jordão (CanAm), sendo que Filipe Cameirinha (CanAm) fecha a comitiva portuguesa na 17.ª posição.

Nas duas rodas, Paulo Gonçalves chegou a estar na segunda posição a meio da etapa, mas viria a cometer um erro de navegação perto do final, que lhe custou alguns minutos. Acabou por terminar a tirada em sexto, mantendo o quarto posto da geral.

"Foi uma etapa longa, com muitos rios secos e muita pedra, bastantes perigos e com uma navegação bastante difícil", começou por explicar o piloto de Esposende, que chega a Marrocos com duas vitórias, na Argentina e no Perú. "Até ao abastecimento estava em segundo, mas, no final, enganei-me numa nota, ao quilómetro 230, e perdi alguns minutos antes de reencontrar o caminho certo. Amanhã [domingo] vou ser o sexto a partir para a primeira metade da etapa maratona e espero recuperar algumas posições", sublinhou o homem da Honda, que está agora a 13.25 minutos de Toby Price (KTM), o líder da competição.

Mário Patrão (KTM) foi 14.º na tirada e está na 15.ª posição, a 1:07.28 horas. "Estou a sentir-me muito bem no plano físico e isso é muito importante à medida que se aproxima o Dakar. Por outro lado, estou a entender-me cada vez melhor com a moto que aqui estou a estrear e que será utilizada nas etapas do Dakar", disse, num dia em que também sentiu dificuldades com a navegação.

Nos automóveis, Alejandro Martins, em Toyota, está em nono, apesar de uma segunda etapa repleta de peripécias, que incluíram dois furos e um atascanço no leito seco de um rio. "A etapa de hoje foi duríssima e repleta de diversas contrariedades sem as quais poderíamos ter feito um resultado bastante melhor", comentou o piloto português, campeão ibérico de todo-o-terreno.

Nasser Al-Attiyah (Toyota) é o líder. Pelo caminho ficou já Carlos Sainz, que estreava um Mini de duas rodas motrizes, devido a problemas mecânicos.

No domingo, disputa-se a terceira etapa do rali de Marrocos, primeira parte de uma etapa maratona (sem assistência mecânica), com 275 quilómetros cronometrados, na região de Erfoud.