O Circuito do Estoril recebeu ontem as primeiras sessões de treinos livres da segunda ronda do Mundial de Superbikes, ao mesmo tempo que jovens pilotos portugueses do campeonato nacional em Supersport 300 sonham estar entre “os melhores”.

Durante todo o fim de semana, o autódromo situado nos arredores de Lisboa vai receber as grandes ‘estrelas’ das Superbikes, entre os quais o britânico Jonathan Rea (Kawasaki), hexacampeão mundial e líder da classificação após a primeira etapa, em Aragão (Espanha), e do Supersport, em paralelo com os 17 jovens pilotos que disputam o campeonato nacional de velocidade da classe Supersport 300.

O atual campeão nacional, Tomás Alonso, já conta com alguma experiência pelo Campeonato Mundial da categoria, em 2018 e 2019, e espera agora, a competir no nacional, “subir outra vez” a esse patamar.

“Penso que tenho capacidades. Sou bastante competitivo para poder lá estar, junto com os melhores, e evoluir ainda mais. Esse é o objetivo”, afiançou o piloto da equipa Kawasaki Rame Moto, em declarações à agência Lusa.

Tomás Alonso, de 18 anos, efetuou o tempo mais rápido na primeira sessão de treinos e está “a ter boas sensações em cima da mota”, com o intuito de regressar ao ritmo que o levou a vencer a primeira corrida do presente campeonato português.

“Estamos muito próximos e estou a sentir-me confortável. Amanhã [sábado], na qualificação, espero conseguir fazer a ‘pole position’ e, na parte da tarde, ganhar a corrida também”, apontou Tomás Alonso, que não sente “qualquer tipo de pressão” para revalidar o título conquistado em 2020.

O piloto Miguel Oliveira é, “sem dúvida, um exemplo a seguir e ninguém é melhor do que ele”, tendo contribuído para o reconhecimento do motociclismo em Portugal, o que “é muito importante e vai abrir muitas portas aos pilotos portugueses, para que, no futuro, possam subir também ao Campeonato do Mundo”.

Se Tomás Alonso já passou pela Oliveira Cup, na qual se sagrou campeão, em 2016, e pela Miguel Oliveira Fan Club Racing Team, equipa criada pelo piloto do MotoGP, Afonso Almeida e Guilherme Gomes ocupam atualmente esse posto na equipa e foram os escolhidos para competir este fim de semana no Circuito do Estoril, com a ambição de chegar ao patamar do almadense.

“O meu grande sonho desde que entrei nesta modalidade é chegar onde o Miguel Oliveira chegou, ao MotoGP. É um sonho para o qual trabalho diariamente e espero mesmo que, um dia, consiga chegar lá”, revelou à Lusa Afonso Almeida, de apenas 14 anos, num cenário partilhado pelo colega de equipa Guilherme Gomes, um ano mais velho: “Gostaria muito de chegar ao MotoGP, como ele chegou. Temos trabalhado para isso e é preciso continuar a trabalhar”.

Confidenciando que Miguel Oliveira os incentiva “a não desistir e a tentar ser melhores”, o jovem Afonso Almeida expressou a “honra” de estar na equipa, onde sente que irá “evoluir muito como piloto ao longo da época”.

Com o italiano Valentino Rossi e o espanhol Marc Márquez, respetivamente, como grandes referências de Afonso Almeida e Guilherme Gomes, para além do ‘mentor’ Miguel Oliveira, os dois pilotos acreditam no potencial da mota para lutar pelo pódio durante o fim de semana.