O hexacampeão do mundo de Superbike, Jonathan Rea, afirmou hoje que gostou muito de correr no Circuito do Estoril e deixou o desejo de que o traçado português possa fazer parte do calendário do mundial do próximo ano.

"Gostei muito da pista, sinceramente. Confesso que quando aqui chegámos não tínhamos qualquer ‘setup' para a mota e hoje até usei a primeira velocidade numa curva em que nunca tinha usado. Foi um fim de semana em que mudámos muita coisa, fui tendo sempre sentimentos novos em cima da mota, mas adorava voltar aqui", disse o piloto britânico.

Apesar de não ter conseguido subir ao pódio em qualquer uma das duas corridas do fim de semana, o piloto da Kawasaki revelou que gostaria de regressar a Portugal para competir no traçado do Estoril.

"Lamentavelmente, neste fim de semana, não tivemos aqui os fãs, mas sempre gostei de correr em Portugal. Temos sempre muito apoio e acho que o Estoril seria uma adição interessante aos traçados que integram o campeonato", considerou o hexacampeão mundial.

Sobre a próxima época, Rea revelou que quer "desfrutar" desta conquista, mas que já pensa no que pode melhorar em 2021.

"Quero sempre melhorar como piloto e vamos ter de fazer o mesmo com a mota, se quisermos voltar a ganhar. Esse é o objetivo para a próxima época, mas agora é tempo de desfrutar com a família desta vitória e estou ansioso por estar com a minha mulher e o meu filho", antecipou.

Com 360 pontos conquistados ao longo da época, Jonathan Rea foi o piloto da Kawasaki que mais contribuiu para o título de construtores da marca e sublinha que esse também era um objetivo que tinha definido quando chegou ao Estoril.

"Estou super feliz por termos conquistado também o título mundial de construtores. Sei que significa muito para a equipa e é um prémio pelo esforço e paixão que puseram em todos os dias de trabalho deste ano", concluiu o piloto, que acumula já 99 triunfos nesta categoria.

Guim Roda, ‘Team Manager’ da Kawasaki, assumiu que terminar a temporada com o título mundial é um "orgulho", sublinhando que foi um ano de "muito trabalho".

"Foi um grande ano, que no final foi coroado com um momento de grande emoção, ao conseguir este sexto título de campeão do mundo para o Jonathan Rea. Colocar a mota no topo e à altura deste desafio foi um trabalho árduo, mas é um orgulho alcançar este resultado no final de uma época tão intensa", disse o responsável da equipa Kawasaki, que conseguiu o título mundial de construtores com um ponto de vantagem sobre a rival Ducati.

Nas contas do campeonato, Jonathan Rea, da Kawasaki, acabou com 360 pontos, seguindo-se Scott Redding e Chaz Davies, ambos da Ducati, com 305 e 273, respetivamente.

Quanto aos construtores, a Kawasaki arrebatou o primeiro lugar do pódio, com 392 pontos, apenas mais um do que a Ducati (391) e mais 62 dos que a Yamaha (330).

O circuito do Estoril recebeu pela terceira vez o mundial de Superbike, depois de 1988 e 1993, naquela que foi a última prova do mundial e que decorreu à porta fechada, sem público nas bancadas, devido à pandemia de covid-19.