A Malásia pode acabar com a corrida de Fórmula 1 após 2018, devido aos custos elevados, reduzida venda de bilhetes e competição de outros locais, revelou o responsável pelo Grande Prémio da Malásia.

Com as audiências televisivas do Grande Prémio a descerem, a organização vai reunir-se esta semana para discutir o futuro da corrida, uma das mais antigas da Ásia, após o atual contrato expirar.

“Os locais não estão a comprar bilhetes para ver a F1”, disse à agência AFP Razlan Razali, responsável pelo Circuito Internacional de Sepang, onde acontece a corrida.

“Se não há valor económico, porque havemos de continuar? É melhor fazermos uma pausa temporária”, disse.

Este é mais recente sinal das dificuldades da F1 que, de acordo com dados oficiais, perdeu 200 milhões de espetadores televisivos globalmente desde 2008.

Segundo Razlan, Sepang, que pode acolher 120 mil pessoas, atraiu apenas 45 mil na corrida do mês passado, e as audiências televisivas foram também fracas.

Acolher a F1 “é muito caro”, indicou.

Em comentários no Twitter, o ministro do Desporto Khairy Jamaluddin disse que a competição de outros locais fora da Malásia estava também a ter impacto negativo.

“Quando organizámos pela primeira vez a F1 foi uma grande coisa. Foi o primeiro local na Ásia, fora do Japão. Agora há tantos locais. Não há vantagem em termos sido os primeiros. Não é uma novidade”, afirmou.

“A venda de bilhetes de F1 está a cair, as audiências televisivas estão a descer. Os visitantes estrangeiros são menos porque podem escolher Singapura, China, Médio Oriente. Os lucros não são assim tão grandes. Acho que devemos parar de acolher a F1. Pelo menos durante algum tempo. Custa demasiado, o retorno é limitado”, acrescentou.