A Fórmula 1 quer uma "investigação profunda" para tentar perceber o grave acidente sofrido por Romain Grosjean (Haas) durante o Grande Prémio do Bahrein, este domingo. O francês despistou-se na saída da curva 3 do circuito de Sakhir logo na primeira volta, com o seu carro a bater com violência no rail de proteção e a partir-se ao meio, pegando fogo de seguida.

"Penso que hoje poderíamos estar diante de uma situação diferente, se não tivéssemos o Halo (dispositivo de segurança). E para mim, isso foi o que manteve o rail afastado, quando o carro passou por ele. Mas tenho certeza de que faremos uma investigação profunda para entender o que podemos aprender com isso. Porque ver uma barreira dividida como essa claramente não é o que queremos ver", disse Ross Brawn, Diretor da Fórmula 1.

O francês esteve 32 segundos no meio do fogo, antes de ser retirado pelas equipas médicas que reagiram rapidamente. Grosjean sofreu apenas algumas queimaduras ligeiras nas mãos e nos tornozelos. O francês foi salvo pelo halo de proteção, introduzido há poucos anos na Fórmula para proteger os pilotos.

"É chocante para todos na F1 ver um acidente dessa gravidade. Não estamos acostumados com isso, o fogo também está envolvido. Mas acho que é uma homenagem ao trabalho que a FIA e as equipas têm feito ao longo dos anos. Penso que se nos lembramos da polêmica do Halo quando foi introduzido. E devo dar crédito a Jean Todt, porque ele insistiu", sublinhou Brawn.

O francês também agradeceu ao Halo o facto de não ter sofrido mais lesões.

"Olá, pessoal. Só para dizer que estou bem. Obrigado pelas mensagens. Eu não era fã do Halo, mas sem ele não conseguiria estar aqui a falar convosco. Obrigado a todos os profissionais envolvidos no resgate e espero que possa voltar a responder as mensagens de vocês em breve", disse Romain Grosjean, diretamente do hospital.