O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) puniu hoje três canoístas russos por doping, acedendo ao recurso interposto pela Agência Mundial Antidoping (AMA) face ao arquivamento do caso pela Federação Internacional de Canoagem (ICF).

"Tendo considerado cuidadosamente todas as provas apresentadas pelas partes, o painel concluiu que Aleksandr Dyachenko, Nikolay Lipkin e Aleksandra Dupik cometeram violações antidoping e que a decisão da Federação Internacional de Canoagem de encerrar os casos estava errada”, anunciou o TAS.

Dyachenko foi considerado culpado de ter usado substâncias proibidas (trenbolona e metenolona) em junho e agosto de 2014 e condenado a um período de inelegibilidade de quatro anos a partir de 09 de junho de 2022, ao qual é subtraído qualquer período de suspensão provisória já cumprido.

Vai perder todos os títulos e medalhas conquistadas entre 05 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2016: fora desse período fica o seu título olímpico em Londres2012 em K2 200, tripulação com a qual foi campeão do Mundo em 2013 e 2019.

Lipkin usou indevidamente trenbolona, metenolona e oxandrolona em junho de 2014, pelo qual foi desqualificado por um período de quatro anos a partir de junho de 2022 e também desprovido das suas conquistas entre 2014 e 2016.

Perderá o seu título mundial, em canoas, conquistado em Moscovo em 2014, mas conservará os quatro ouros que conseguiu anteriormente.

Já Dupik, atleta da canoagem adaptada, consumiu furosemida e foi desclassificada por dois anos a partir de junho de 2022, sendo desapossado dos títulos obtidos entre 2014 e 2016.

A ICF tinha considerado não haver provas suficientes para sancionar os atletas, tendo arquivado os casos, contrariamente ao entendimento da AMA que entendeu recorrer, em março de 2021, e viu o TAS dar-lhe razão.