O selecionador do Cazaquistão disse hoje que pretende reunir toda a informação possível sobre a seleção portuguesa de futsal, de forma a “poder ter a melhor solução” para vencer a partida das meias-finais do Mundial.

Na formação cazaque, o ex-sportinguista Taynan, que rumou no final da última época aos espanhóis do ElPozo Murcia, após duas temporadas nos ‘leões’, poderá ser um trunf’ na análise à equipa das ‘quinas’, que tem vários antigos colegas do ala/pivô.

“O futsal em Portugal é visto pelo mundo inteiro, todos os jogos são transmitidos, e tem uma excelente organização. O Taynan ajudará muito na questão da informação. Interessa-nos tudo o que pudermos usar para poder ter a melhor solução para como jogar com Portugal”, afirmou o brasileiro Kaká, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo.

O timoneiro dos cazaques elogiou a formação de Jorge Braz, considerando-a, tal como Brasil e Argentina - as outras formações ainda em prova -, uma das favoritas a vencer o torneio, com o Cazaquistão a ser “o menor favorito de todos”.

“Portugal é uma equipa que já conhecemos, com excelentes jogadores, e que também vem de um momento bom. Sabemos que já jogaram dois prolongamentos [com Sérvia e Espanha]. Vamos estudar o adversário e ver de que forma vamos jogar contra uma excelente equipa, o atual campeão europeu e com muita experiência em situações como esta”, sublinhou.

Depois de Portugal recuperar de uma desvantagem de dois golos e vencer a Espanha, por 4-2, após prolongamento, o Cazaquistão repetiu a façanha e operou a reviravolta frente ao Irão, por 3-2, nos ‘quartos’, depois de ter goleado a Tailândia nos ‘oitavos’, por 7-0.

No Grupo A, acabaram líderes, com sete pontos, resultantes de vitórias perante Costa Rica (6-1) e Lituânia (3-0) e um empate com a Venezuela (1-1), tal como Portugal no Grupo F, com triunfos face a Tailândia (4-1) e Ilhas Salomão (7-0) e uma igualdade com Marrocos (3-3), seguindo-se uma vitória com a Sérvia (4-3, após prolongamento), nos oitavos de final.

A questão emocional também foi abordada por Kaká, que lembrou que a comitiva se encontra longe de casa desde o dia 09 de agosto, a conviver com o mesmo grupo, mas apontou que esta é a altura para os melhores jogadores “mostrarem o seu real valor”.

“Agora é a hora difícil, em que os melhores jogadores, com boa condição psicológica, sobressaem e aguentam esta pressão enorme. É a hora de os jogadores bons mostrarem o seu real valor. Vão mostrar que podem, psicologicamente, aguentar os jogos difíceis que estão a acontecer aqui”, expressou o treinador, de 44 anos.

A partida das meias-finais entre Portugal e Cazaquistão disputa-se a partir das 20:00 locas (18:00 em Lisboa) de quinta-feira, na Zalgiris Arena, em Kaunas, um dia depois de Brasil e a campeã em título Argentina se defrontarem no outro encontro, em busca de um lugar na final.