O treinador do Sporting, Nuno Dias, relativizou aquele que diz ser um “favoritismo teórico” à conquista da Taça de Portugal de futsal, e previu dificuldades diante do Fundão, nos quartos de final da competição.

Os treinadores das equipas presentes na ‘final a oito’ deram hoje uma conferência de imprensa em conjunto, abordando as partidas que se disputam na quinta-feira, em Gondomar.

Sobre o duelo entre o bicampeão nacional e o Fundão, o treinador ‘leonino’ disse que, apesar de ter um campeonato imaculado sem qualquer derrota, “o favoritismo é teórico, porque não se trata de uma de uma prova de regularidade, mas apenas de um jogo de 40 minutos” e previu dificuldades perante a equipa de Nuno Couto, com quem encontrou travou “jogos muito equilibrados” esta temporada.

“São competições diferentes, em que alguém vai ficar pelo caminho. Ao mínimo erro ou distração podemos ser surpreendidos. As três vezes que defrontamos o Fundão foram todas equilibradas. O resultado na Taça da Liga [2-1] foi muito equilibrado, não só no resultado final, mas no decorrer da partida, é isso que temos consciência que vai acontecer amanhã”, sublinhou Nuno Dias.

Já Nuno Couto, antigo ‘capitão’ e agora na equipa técnica dos beirões, espera “um bom espetáculo, com duas equipas de muita qualidade”, ciente das “dificuldades”, mas afirmou que a formação tem “uma palavra a dizer na competição”, tendo já vencido por uma vez e chegado a mais duas finais.

“Sabemos que não é fácil, mas é isso que faz com que o futsal seja bonito. Tentamos antecipar as coisas que o Sporting pode alterar para tentar surpreender a nossa organização defensiva. Preparamos coisas diferentes para este jogo e se as pusermos em prática, podemos surpreender. O Sporting vai tentar adaptar-se, mas vamos tentar provocar mais erros do que é normal, e sermos mais eficazes do que aquilo que fomos nos jogos anteriores e intensos a nível defensivo na defesa de bolas paradas”, referiu.

Outro encontro dos quartos de finais coloca o Farense, da segunda divisão, contra o Fabril, equipa relegada este ano ao segundo escalão nacional, mas os dois técnicos apresentaram-se descontraídos e divertidos na antevisão da partida.

Carlos Juliano, treinador dos algarvios, explicou que o “fator casa” ajudou a equipa a chegar até esta fase da competição, eliminando duas equipas do principal escalão, e chegam “com uma grande vontade e consciência de dificultar a equipa do fabril”.

“Já conhecemos o Fabril, defrontamos e perdemos duas vezes na temporada passada e vamos tentar escrever uma página diferente. Há um fator que vai ser limitativo para o Farense, há duas balizas, 10 jogadores de cada lado e há o piso. A adaptação [ao piso] no início do jogo não vai ser fácil. Espero que os meus jogadores expressem o valor que têm porque temos noção que o Fabril vem de um campeonato mais competitivo e mais forte. Espero que o campo não nos limite tanto como parece”, indicou.

Fernando Paiva, conhecido como ‘Náná’, da equipa técnica do Fabril, explicou ao colega que a sua equipa também ainda não tinha jogado naquele pavilhão, e enalteceu também os seus adeptos, que criam “um ambiente fantástico” sempre que jogam em casa, garantindo que a equipa “quer muito ganhar” na quinta-feira.

“É um jogo difícil, equipas do mesmo campeonato (agora), estamos muito perto em termos de qualidade, mas temos sempre ambição. Tento sempre transmitir que cada segundo é sempre o último. A ambição temos, a equipa está preparada para um jogo difícil, mas queremos vencer para depois termos um segundo jogo”, explicou.

Nos outros jogos dos quartos de final, há uma reedição da final do ano passado com o detentor do troféu Benfica a defrontar o Burinhosa e também o Braga/AAUM-Modicus, com as meias-finais agendadas para sábado e a final para domingo.