João Almeida (UAE Emirates) reconheceu hoje que o terceiro lugar no contrarrelógio inaugural da 106.ª Volta a Itália em bicicleta superou “um bocadinho" as suas expectativas, considerando estar numa posição “muito boa” na geral.

“Conheço as minhas capacidades, mas fiquei um pouco surpreso com o tempo que fiz. Confirma o bom trabalho que a equipa tem vindo a fazer, estamos muito satisfeitos”, assumiu o ciclista português, após ter sido terceiro na primeira etapa da ‘corsa rosa’, a 29 segundos do vencedor, o belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step).

Quarto classificado no Giro2020 e sexto em 2021, Almeida, de 24 anos, confessou que o terceiro lugar superou “um bocadinho” as expectativas com que partiu para os 19,6 quilómetros de contrarrelógio entre Fossacesia e Ortona, revelando ainda que já acreditava que o atual campeão mundial de fundo – e seu antigo companheiro de equipa – iria vencer hoje.

“Já estava à espera que ele ganhasse, mas foi por uma margem muito grande. Foi ainda melhor do que eu esperava. Parabéns a ele. Ele merece, claramente”, declarou, após Evenepoel ter deixado o segundo classificado, o especialista italiano Filippo Ganna (INEOS), a 22 segundos.

Almeida mostrou-se satisfeito por ter começado a ‘corsa rosa’ “com o pé certo”, depois de no ano passado ter sido forçado a abandonar após a 17.ª etapa, quando era quarto da geral, por estar com covid-19.

“[É importante] arrancar bem e deixar a corrida desenrolar-se. Penso que estamos numa posição muito boa”, defendeu.

O português vai partir para a segunda etapa da Volta a Itália, uma ligação de 201 quilómetros essencialmente planos entre Teramo e San Salvo, a 29 segundos do jovem belga de 23 anos, que lhe ‘emprestará’ durante a tirada a camisola da juventude, classificação em que Almeida é segundo.