A Volta a Itália em bicicleta de 2020 realiza-se entre 09 e 31 de maio, entre Budapeste, capital da Hungria, e Milão, num percurso de 3.579 quilómetros que tem como ponto mais alto o Stelvio, foi hoje anunciado.

Ao todo, o percurso terá as habituais 21 etapas, três delas contrarrelógios, na primeira, 14.ª e última etapas, e um percurso duro com 45 mil metros de desnível, bem acima do percurso já anunciado para a Volta a França do próximo ano.

Ainda antes da partida, e no que toca a participantes, o grande destaque é já a estreia do tricampeão mundial eslovaco Peter Sagan (BORA-hansgrohe), num momento em que não é ainda certa a participação de vários antigos campeões, como o italiano Vincenzo Nibali ou o holandês Tom Dumoulin.

Em Budapeste, são apenas 8,6 os quilómetros do ‘crono’ inaugural, uma espécie de prólogo que antecede mais duas etapas húngaras, na chegada a Gyor e, depois, a Nagykanizsa.

Além de várias oportunidades para ‘sprinters’, serão sete as etapas de alta montanha, a primeira na quinta etapa, no Etna, com a última semana ‘carregada’ de subidas, como a tripla passagem pelo Monte Ragogna e outros desafios, como o Forcella Valona, o Monte Bondone e o Passo Durone.

A 103.ª edição terá como ponto mais alto os 2.758 metros do Passo Stelvio, que será ‘escalado’ na 18.ª etapa, antes de o ‘Giro’ passar por França, no 20.º dia de prova, com passagens no Agnel, Izoard e Montgenèvre, na véspera do ‘crono’ final.

Pelo caminho desenhado por Mauro Vegni, estará uma transferência por avião entre a Hungria e a Sicília, no arranque, para três dias e a subida ao Monte Etna, mas também um tributo ao cineasta Federico Fellini, no centenário do nascimento, com a ida à sua terra natal, Rimini, na 11.ª etapa, lembrando também Marco Pantani em Cesenatico.

A 103.ª edição da ‘corsa rosa’ vai passar por 541 autarquias diferentes em Itália, com Milão a acolher o final pela 78.ª vez na história da prova, que em 2019 foi ganha pelo equatoriano Richard Carapaz (Movistar).