O português Rui Oliveira, que hoje se sagrou campeão europeu de scratch nos Europeus de ciclismo de pista em Grenchen, Suíça, disse que o título “é um sonho”, sobretudo pelas condições em que o conseguiu.

“É um sonho. Depois de uma temporada longa e já com bastante cansaço acumulado, conseguir ser campeão da Europa é uma recompensa muito boa”, declarou, citado pela Federação Portuguesa de Ciclismo.

Oliveira, de 25 anos, sucede ao compatriota Iúri Leitão, que tinha conquistado o ouro em 2020, e somou a quarta medalha em Europeus de elite, depois de duas pratas e um bronze, ao cortar a meta bem à frente do pelotão, tendo somado uma volta de avanço quando faltavam 16 voltas.

Com a prata ficou o neerlandês Vincent Hoppezak, enquanto o irlandês Jb Murphy ficou no terceiro lugar da prova, já a uma volta de distância dos dois primeiros.

“O principal objetivo eram as medalhas, mas sabia que não era o corredor mais rápido e tinha de tentar dar a volta. Não foi fácil, mas acreditei até ao final. Depois, foi gerir o atleta dos Países Baixos, que também tinha dado a volta”, avaliou.

Já depois da emoção de “subir ao pódio com as cores de Portugal e ouvir o hino nacional”, o corredor, que, na estrada, integra o pelotão WorldTour pela UAE Emirates, realçou o título como “o culminar de todo o esforço e de todo o trabalho”.

Já o selecionador nacional, Gabriel Mendes, destacou o “orgulho enorme” em ver um dos seus cinco pupilos em prova em Grenchen subir ao lugar mais alto do pódio, após uma “corrida exemplar”.

“Atacou no momento certo e está de parabéns. Foi um título muito merecido”, acrescentou.

Em Grenchen, João Matias venceu a prata na eliminação e Iúri Leitão também foi ‘vice’ nos pontos, com Portugal a chegar a metade do pecúlio conseguido em todo o Europeu de 2020, quando conseguiu seis medalhas, duas de ouro, o scratch de Leitão e na perseguição individual por Ivo Oliveira.

Na sexta-feira, João Matias corre o omnium e Daniela Campos volta à pista, para a corrida por pontos.