A Federação Portuguesa de Ciclismo atribuiu a vitória no Grande Prémio do Dão, cuja última etapa foi anulada por questões de policiamento, a Óscar Brea (Sporting-Tavira) e o triunfo na Taça da Portugal a Samuel Caldeira (W52-FC Porto).
A direção da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) entendeu que, apesar de terem acontecido “situações de insegurança na área urbana de Viseu, depois da transição da responsabilidade de policiamento da GNR para a PSP, e também provocadas pela deficiente sinalização, a segunda e última etapa do Grande Prémio do Dão poderia ter sido concluída".
“O relatório do presidente do colégio de comissários entende que estavam reunidas as condições de segurança no momento em que a prova foi reiniciada. Nesse sentido, entendeu penalizar os corredores que impediram que a prova se desenrolasse com normalidade, aplicando a cada um a pena de expulsão da corrida e uma multa de 100 francos suíços. O colégio de comissários considerou nula a segunda etapa da competição, devendo a classificação geral final ter em conta apenas os resultados da primeira etapa, expurgando dos mesmos os ciclistas aos quais foi aplicada a expulsão da corrida”, pode ler-se na nota publicada na página da FPC.
No seguimento das decisões do colégio de comissários, depois de refeitas as classificações com base nos resultados da primeira etapa e expurgando da listagem os cerca de 30 ciclistas expulsos da competição, incluindo o então camisola amarela Alejandro Marque (Sporting-Tavira), foi declarado vencedor do GP do Dão o ciclista Óscar Brea.
A direção da FPC decidiu ainda que, como previsto, a edição de 2017 da Taça de Portugal de elite e sub-23 terminou com o Grande Prémio do Dão. “Tendo em conta os resultados desta corrida, são declarados vencedores individuais o elite Samuel Caldeira (W52-FC Porto) e o sub-23 Xuban Errazquin (RP-Boavista). Coletivamente, vencem a equipa continental W52-FC Porto e a equipa de clube Liberty Seguros/Carglass”, acrescenta ainda a nota.
Em 14 de maio, a segunda etapa do Grande Prémio do Dão foi anulada devido a problemas decorrentes da transição da responsabilidade de policiamento da GNR para a PSP, à entrada no circuito urbano de Viseu, com um grupo de ciclistas a recusar-se a cortar a meta.
“Aos problemas de segurança decorrentes da transição das responsabilidades de policiamento, juntou-se um engano no percurso, levando os ciclistas a parar antes de cruzarem a meta pela última vez. Na sequência destes factos, a organização, em conjunto com o colégio de comissários, decidiu anular a segunda e última etapa da competição”, explicou então a FPC, em comunicado.
O GP do Dão era liderado pelo ciclista espanhol Alejandro Marque (Sporting-Tavira), que tinha vencido o contrarrelógio da primeira etapa.
O galego, vencedor da Volta a Portugal de 2013, partiu para a segunda etapa, uma ligação de 152 quilómetros, entre Penalva do Castelo e Viseu, com 47 segundos de vantagem sobre Daniel Mestre (Efapel) e 56 sobre Domingos Gonçalves (RP-Boavista).
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