
João Almeida ‘caiu’ hoje na ‘armadilha’ da Visma-Lease a Bike e ficou afastado da luta pela geral do Paris-Nice, ao perder quase dois minutos para o líder Matteo Jorgenson, numa sexta etapa ganha pelo ciclista dinamarquês Mads Pedersen (Lidl-Trek).
O campeão mundial de fundo de 2019 foi o melhor do reduzido grupo que cortou a meta com o tempo de 04:25.37 horas, batendo ao sprint os britânicos Joshua Tarling e Samuel Watson, ambos da INEOS, com o camisola amarela a ser oitavo, com o mesmo tempo do vencedor.
Os 209,8 quilómetros entre Saint-Julien-en-Saint-Alban e Berre l'Étang eram, teoricamente, ‘inofensivos’ para as contas da geral, mas a Visma-Lease a Bike, ‘afetada’ pela desistência de Jonas Vingegaard antes do início da tirada, tinha outras ideias.
Calculista, a formação do camisola amarela Matteo Jorgenson ‘revolucionou’ a corrida, com a colaboração da INEOS, provocando ‘abanicos’ que ‘eliminaram’ candidatos à geral, como João Almeida e Lenny Martinez (Bahrain Victorious).
Em nova jornada da ‘Corrida ao Sol’ perturbada por terríveis condições climatéricas, o ciclista português ficou ‘cortado’ quando a equipa neerlandesa acelerou na frente do pelotão, a cerca de 60 quilómetros da meta, aproveitando o vento lateral que se fazia sentir, com a má colocação de Almeida e a desatenção da sua UAE Emirates a custar-lhe as opções de sonhar com a amarela final.
O corredor de A-dos-Francos (Caldas da Rainha) perdeu 01.54 minutos para Jorgenson, ficando, salvo percalços inesperados, definitivamente afastado da luta pela geral – é agora quinto, a distantes 02.40 do norte-americano.
O campeão em título lidera com 40 segundos de vantagem sobre o alemão Florian Lipowitz (Red Bull-BORA-hansgrohe), com o dinamarquês Mattias Skjelmose (Lidl-Trek) na terceira posição, a 59 segundos.
A bem-sucedida jogada estratégica de Visma-Lease e Bike e INEOS ‘promoveu’ o neerlandês Thymen Arensman a quarto da geral, a 01.20, com o ciclista da equipa britânica a parecer ser o último em condições de lutar pelo pódio, uma premissa para confirmar já no sábado, nos 109,3 quilómetros entre Nice e Auron, onde a meta coincide com uma contagem de montanha de primeira categoria.
Outras ‘vítimas’ dos cortes provocados por estas duas equipas e pelo vento foram Ivo Oliveira (UAE Emirates) e Iúri Leitão (Caja Rural), que chegaram num grupo que perdeu 08.57 minutos para o vencedor.
Na geral, Oliveira é 117.º, a 43.10 minutos de Jorgenson, enquanto Leitão é 129.º, a mais de 47 minutos.
Comentários