O ciclista belga Jasper Philipsen (Alpecin-Deceuninck) conquistou este sábado o primeiro ‘Monumento’ da carreira, ao vencer a mais rápida edição da Milão-Sanremo, num sprint que obrigou a ‘photo finish’ ao fim de 288 quilómetros.

A corrida começou em Pavia e terminou seis horas, 14 minutos e 44 segundos depois com o belga a erguer os braços, batendo o australiano Michael Matthews (Jayco-AlUla), segundo, e o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), terceiro.

O esloveno abriu a temporada com o domínio na Strade Bianche e era um dos favoritos a somar mais um ‘Monumento’ no palmarés, e decidiu atacar na icónica subida do Poggio, sendo perseguido pelo neerlandês Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck), campeão do mundo de fundo e vencedor da prova em 2023.

Os dois foram perseguidos por um grupo de outros favoritos e, até às últimas centenas de metros, todos tentaram atacar, mas foi mesmo Philipsen a destacar-se num sprint decidido por menos de meia roda.

É a maior vitória da carreira para o velocista de 26 anos, que soma seis etapas da Volta a França e três na Volta a Espanha, somando um ‘Monumento’ à 44.ª vitória como profissional.

“Esta manhã senti que podia ser o meu dia. Consegui aguentar-me no Poggio, e depois o Van Der Poel ajudou-me enormemente. Devo-lhe muito, por isso obrigado, Mathieu”, concedeu o homem da Flandres.

O próprio campeão do mundo, que procurava o quinto ‘Monumento’ da carreira, ficou feliz pelo sprint conseguido com o seu trabalho, lamentando “não ter pernas” para conseguir mais do que o 10.º lugar final.

De resto, o ataque do neerlandês e de Pogacar quase isolava na frente os campeões de oito dos últimos 12 ‘Monumentos’, permitindo-lhes discutir entre si esta 115.ª edição na Via Roma.

Esta, de resto, é a primeira dessas cinco corridas lendárias, seguindo-se a Volta a Flandres, o Paris-Roubaix, a Liège-Bastogne-Liège e a Volta à Lombardia.