A Volta ao País Basco em bicicleta juntou-se hoje ao rol de adiamentos no calendário velocipédico internacional, com a prova, agendada inicialmente entre 06 a 11 de abril, à procura de nova data em 2020.

Com a semana competitiva para 2021 já ‘marcada', de 05 a 10 de abril, a organização da ‘Itzulia' anunciou hoje que já contactou a União Ciclista Internacional para reagendar a prova WorldTour ainda este ano.

A corrida no País Basco junta-se a outras do principal escalão de estrada do ciclismo no rol de adiamentos ou cancelamentos, com as clássicas de preparação para a ainda ‘sobrevivente’ Volta a Flandres - De Panne, E3, Gent-Wevelgem, Dwars door Vlanderen – já adiadas.

O Paris-Nice acabou um dia mais cedo, depois de protestos, ameaças de boicote e desistências de ciclistas, mas conseguiu sair para a estrada, ao contrário da Strade Bianche e de outras provas em Itália, como o Tirreno Adriático ou a Milão-Sanremo – cancelada apenas pela quarta vez na sua longa história (os outros três cancelamentos aconteceram no período das Grandes Guerras), mas também da Volta à Catalunha.

A estas junta-se a suíça Volta à Romandia, que deveria decorrer entre 28 de abril e 03 de maio e foi hoje cancelada, enquanto a Volta a Itália, primeira das três grandes Voltas, já não vai começar em 09 de maio, depois de ter sido adiada, com outras provas ainda em dúvida e vários ciclistas infetados, entre eles o colombiano Fernando Gaviria (UAE Emirates).

Em Portugal, a Volta ao Alentejo, que deveria ter ido para a estrada entre 18 e 22 de março, foi a principal ‘vítima’ da Covid-19.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.500 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, 331 pessoas foram infetadas até hoje, com o registo de uma morte, anunciada hoje pela ministra da Saúde, Marta Temido, no caso um homem de 80 anos, com "várias patologias associadas" que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.