O ciclista neerlandês Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck), que voltou hoje a conquistar a clássica Paris-Roubaix, somando o sexto ‘Monumento’ da carreira, mostrou-se surpreendido com o feito alcançado.

"É difícil de acreditar, mas consegui de novo com a nossa equipa, que talvez tenha sido ainda mais forte do que no ano passado. Estou muito orgulhoso dos meus companheiros de equipa", disse o triplo vencedor do Tour de Flandres e que hoje 'bisou' no Roubaix.

Van der Poel, que tinha vencido no ‘Inferno do Norte’ em 2023 pela primeira vez, aproveitou hoje a corrida com bom tempo, para percorrer os 259,7 quilómetros entre Compiègne e Roubaix com o tempo de 05:25.58 horas, deixando longe a concorrência, depois de um ataque a 60 quilómetros da linha de chegada que eliminou todos os seus rivais.

"Na verdade, esse não era o plano. Eu só queria tornar a corrida difícil a partir daí. Esse é o meu ponto forte. Senti-me muito bem hoje e sabia que havia um vento favorável na maior parte do caminho até o final. Tive um dia muito bom", realçou.

Apesar do domínio total nos últimos quilómetros, o campeão do mundo de estrada revelou que nunca se sentiu vencedor até à última reta da corrida, quando estava mais de três minutos à frente dos seus perseguidores.

"Um furo é sempre possível nesta corrida, mas a minha vantagem era grande e o carro de apoio estava comigo. Isso permitiu-me aproveitar mais do que na semana passada na Flandres [onde também venceu], onde estava realmente no limite, mas hoje senti-me incrível", assinalou.

Um triunfo ainda mais especial por vestir a camisa arco-íris de campeão mundial: "Nunca sonhei com algo assim quando era criança e agora não tenho palavras para explicar", vincou.

Este é o sexto ‘Monumento’ conquistado por ‘MVDP’ na carreira, segundo na atual temporada, pois para além dos dois triunfos no Paris-Roubaix, soma ainda três triunfos na Volta a Flandres (2020, 2022, 2024) e um na Milão-Sanremo (2023).

O ciclista neerlandês, de 29 anos, uma das principais figuras do pelotão internacional, continua, assim, a preencher um já recheado currículo, com 49 vitórias na estrada enquanto profissional, que vai ter nos Jogos Olímpicos de Paris2024 mais um dos objetivos da época.

O próximo ‘Monumento’ do ciclismo mundial disputa-se em 23 de abril, no caso a Liège-Bastogne-Liège.