O ciclista português Nelson Oliveira disse hoje que "esperava sempre mais" de si no contrarrelógio individual dos Mundiais de estrada de Imola, que hoje terminou em 11.º lugar, mas ficou "a um segundo do ‘top-10'".

"Esperava sempre mais. Mas, num percurso que em nada me favorecia, fiquei a um segundo do ‘top-10'", declarou o ciclista da Movistar à Lusa, pouco tempo após registar o 11.º melhor tempo no Autódromo Enzo e Dino Ferrari.

Num ‘crono' ganho pelo italiano Filippo Ganna, com um tempo de 35.54 minutos, necessários para correr os 31,7 quilómetros do traçado, Oliveira acabou por falhar a quinta presença entre os 10 melhores no campeonato do mundo, depois de 2014, 2017, 2018 e 2019.

Num ‘crono' mais curto do que lhe assentaria, conseguiu ainda assim fazer, na segunda metade, melhor tempo do que o campeão, nos cinco melhores registos dessa parte.

No final, ficou de fora dos 10 melhores por menos de um segundo, ao fazer um tempo de 37.09, pouco mais lento do que o holandês Tom Dumoulin, campeão do mundo em 2017 e aqui 10.º.

O desgaste decorrente da participação na Volta a França com a Movistar é "normal" que influencie, ainda que "num percurso não tão longo não se chegue a notar", admitiu.

Sobre a vitória de Ganna, esta "não surpreendeu". "Foi desenhado para ele ganhar", atirou.

Já o selecionador português, José Poeira, admitiu que Nelson Oliveira "não começou com o ritmo" que se habituou a registar, nos primeiros quilómetros, que impediram um resultado melhor, mesmo que na fase final tenha andado "muito bem", classificou, em declarações à Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC).

Por outro lado, Ivo Oliveira, campeão nacional da especialidade e que fez o 34.º melhor tempo na estreia em Mundiais de Elite, teve uma participação que "não foi perfeita, mas foi muito bem conseguida".

Os Mundiais de Imola decorrem até domingo, com a prova de fundo feminina no sábado e a masculina, com Rui Costa, campeão em 2013, Rúben Guerreiro, Nelson Oliveira e Ivo Oliveira em ação por Portugal.