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Mestre ganhou em 2011, mas nas três edições anteriores o triunfo foi de outro “tavirense”, o espanhol David Blanco, que, este ano, corre na Efapel-Glassdrive.
Há quatro anos que a Volta a Portugal em bicicleta fala única e exclusivamente tavirense, um ritual que a Carmim-Prio quer repetir na 74.ª edição, com Ricardo Mestre a ser o número um, como o próprio dorsal indica.
A história está a favor da mais antiga formação do pelotão português - quatro edições, quatro vitórias -, por isso as palavras de Vidal Fitas não devem apanhar ninguém de surpresa.
«O principal objetivo é tentar lutar pela vitória novamente. Para já o Ricardo é o ciclista vencedor da última Volta a Portugal, é um dos principais favoritos, portanto é nele que apostaremos», disse o diretor desportivo.
Mestre ganhou em 2011, mas nas três edições anteriores o triunfo foi de outro “tavirense”, o espanhol David Blanco, que, este ano, corre na Efapel-Glassdrive.
O diretor desportivo da Carmim-Prio vai recordando que os rivais não são apenas o ciclista galego, vai apontando os nomes incontornáveis (Nuno Ribeiro, Rui Sousa, João Cabreira, José Mendes), os estrangeiros, sobretudo os colombianos, de currículo apreciável, que são «uma incógnita», mas acaba por reconhecer que Blanco é um elemento à parte.
«É evidente, que pelo passado do David e pelo facto de o conhecermos bem, temos uma ideia mais precisa daquilo que ele pode valer na Volta ao longo dos dias», assumiu à Lusa.
Vidal Fitas identifica «os momentos decisivos» como os mesmos de sempre, ou seja Torre, Senhora da Graça e contrarrelógio, mas sabe que para um dos seus pupilos ganhar tem de estar atento a qualquer surpresa.
«A Volta tem etapas duras que podem surpreender a qualquer momento. Há etapas que, à partida, não se apontam como decisivas para mexer com a classificação geral, mas depende de como os ciclistas as enfrentarem. Quem faz a dureza não é o percurso, são os ciclistas. Há duas, três etapas em que isso pode acontecer, depende de como forem corridas», explicou.
Para combater a dureza, a equipa de Tavira não terá a ajuda de um dos heróis das últimas conquistas, o trepador André Cardoso, que se transferiu para a espanhola Caja Rural e vai estar na Vuelta.
«É evidente que o André é uma mais-valia para qualquer equipa. O núcleo não é muito diferente, embora levemos dois jovens que fazem a Volta pela primeira vez. Apesar de serem dois jovens de valor, a inexperiência pode de alguma forma condicionar a sua prestação», reconheceu.
O diretor desportivo da Carmim-Prio admitiu que Cardoso fará falta, mas as entradas e saídas fazem parte do jogo que é o ciclismo.
Equipa: Ricardo Mestre (Por), Nelson Vitorino (Por), Samuel Caldeira (Por), Alexandre Marque (Esp), Thomas Methcalfe (Gbr), Henrique Casimiro (Por), David Livramento (Por), João Pereira (Por) e Amaro Antunes (Por).
Diretor desportivo: Vidal Fitas.
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