Sara Moreira está de regresso à maratona, competindo no domingo na prova de Valência, que lhe pode valer a obtenção dos mínimos para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, que vão ser disputados em 2021.

Com ela, estarão Carla Salomé Rocha, em estreia em Valência, e mais três fundistas lusos, todos eles a repetir a presença do ano passado, naquela que é a última grande maratona do ano - Sara Catarina Ribeiro, Rui Pinto e Nuno Lopes.

As três portuguesas estão no ‘top-5’ das maratonistas portuguesas ainda no ativo - as outras são Jessica Augusto e Dulce Félix - pelo que Valência aparece como forte aposta na qualificação olímpica, para elas.

Uma das mais cotados atletas portuguesas da última década, Sara Moreira tem estado nos últimos tempos longe do seu melhor, como bem se viu em outubro no Mundial de meia-maratona, e ainda não tem mínimos para Tóquio2020.

Aliás, há cinco anos que não conclui uma maratona e o seu recorde pessoal é de 2:24.45 horas, de 2015. Para aspirar a 'entrar nas contas' para Tóquio, precisa de fazer melhor do que 2:29.30.

A qualificação para Tóquio2020, a competição que a pandemia de covid-19 'atirou' para 2021, esteve congelada nos últimos nove meses e só agora regressa, ao mesmo tempo que continuam a valer as marcas feitas em 2019, o que faz com que Carla Salomé Rocha (2:24.47) e Sara Catarina Ribeiro (2:26.39) já tenham marcas válidas.

Para Carla Salomé Rocha o traçado é novidade, para as outras não. Sara Moreira desistiu em Valência há três anos e Sara Caarina Ribeiro esteve lá no ano passado, para o seu recorde pessoal, no percurso entre a Ponte de Monteolivete, junto ao Palácio das Artes, e a meta, numa estrutura sobre a água, junto ao Museu das Ciências.

A beleza do percurso, através de uma zona urbana com muita intervenção do arquiteto Santiago Calatrava (em Portugal, autor da Gare do Oriente), e o forte investimento dos patrocinadores fizeram com que a Maratona de Valência crescesse em 40 anos até um nível desportivo de topo, que atrai muitos dos melhores do mundo, com 'lebres' para vários andamentos.

Este ano, tudo apontava para uma grandiosa edição, a festejar o aniversário ‘redondo’, mas assim não será e os espetadores são aconselhados a acompanhar a prova pela televisão, enquanto que na estrada não haverá a dimensão popular, com apenas 220 corredores de elite em ação.

Mais complicado é o apuramento masculino dos portugueses para Tóquio2020, já que os 2:11.30 de mínimo não parecem próximos para ninguém, a não ser que os dois lusos se superem amplamente. Rui Pinto neste mesmo percurso conseguiu um recorde pessoal de 2:15.30 e Nuno Lopes entra com a marca de 2:16.35.

Na frente da corrida, vai correr-se para bem menos do que 2:10.00 na corrida masculina e 2:25.00 na feminina, isso é certo.

Em masculinos, há 11 atletas com recorde pessoal abaixo das 2:05.00 e no setor feminino correm cinco que já baixaram das 2:20.00.

O melhor é o etíope Birhanu Legese (2:02.48), terceiro melhor registo sempre, enquanto as suas compatriotas Ruti Aga (2:18.34) e Birhane Dibaba (2:18.35) são as mais rápidas.

Também estarão os únicos campeões do mundo do ano, sagrados nos Mundiais de meia-maratona disputados na Polónia, Peres Jepchirchir, do Quénia, e Jacob Kiplimo, do Uganda, este novamente na 'meia', que também se corre em Valência, onde o se vai estrear na distância a etíope Letesenbet Gidey, recordista mundial dos 5.000 metros.

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