A morte do recordista mundial de maratona, Kelvin Kiptum, num acidente de viação, tem chocado o mundo do atletismo e do desporto. Esta segunda-feira, o pai do atleta de 24 anos, Samson Cheruivot, pede que a morte do filho seja investigada por suspeitar que possa não ter sido apenas um acidente.

"Recebi a notícia da morte do meu filho enquanto estava a ver as notícias. Fui ao local do acidente mas a polícia já tinha levado o corpo", começou por dizer em declarações ao portal 'Citizen Digital'.

Samson Cheruivot revelou ainda algumas palavras que o filho lhe tinha dito antes de morrer: "Disse-me que alguém nos ia ajudar a construir uma casa. Disse-me também que o corpo dele estava apto, que conseguia fazer 1:59.00 horas [abaixo do seu recorde pessoal de 20:00,35]".

O pedido do pai do maratonista é só um que investiguem a morte de Kelvin Kiptum: "Era o meu único filho. Deixou-me, deixou a mãe e os filhos. Não tenho mais nenhum filho. A mãe dele esteve doente. Estou profundamente triste. Algumas pessoas vieram cá a casa há uns tempo à procura do Kiptum e não se quiseram identificar. Pedi-lhes identificação, mas eles preferiram sair. Era um grupo de quatro pessoas...", concluiu.

Kitpum era um dos valores emergentes do atletismo mundial, tendo se estreado na maratona com o fantástico tempo de 2:01.53 horas, em dezembro de 2022, para, menos de um ano depois, na sua terceira maratona, 'esmagar' o recorde do mundo, fixando em 2:00.35, sendo o primeiro a correr abaixo das duas horas e um minuto e deixando antever que não iria demorar para baixar das duas horas.

O atual recordista mundial da maratona, perdeu a vida, no domingo, num acidente de viação, juntamente com o treinador do corredor queniano que também morreu no acidente. Segundo o relato da também corredora queniana Milcah Chemos à AP, o acidente aconteceu numa rua entre as cidades de Eldoret e Kaptagat, na parte oeste do Quénia, numa zona reconhecida pelos treinos em grande altitude.