O estado do tempo adverso, com muito vento durante toda a manhã, foi, para Carlos Móia, organizador da Meia Maratona de Lisboa, o grande impedimento para uma prova ainda melhor do que a "corrida fantástica" desta 28.ª edição.

Na conferência de imprensa realizada na meta, diante do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, o responsável do evento defendeu uma vez mais a mudança de plano para o percurso, que anulou a travessia da Ponte 25 de Abril e levou a partida dos cerca de 32 mil participantes para o Eixo Norte-Sul.

"Muita gente ficou triste por não se ter atravessado a ponte e hoje poderíamos estar a falar de algum acidente. A alegria é importante, mas esta foi a melhor atitude que tomámos. O plano B foi o mais difícil de tomar. Mesmo com 28 anos de experiência, fazer alguma coisa pela primeira vez não é fácil", afirmou, acrescentando que "foi uma grande corrida".

A fundamentar esta opinião, numa prova em que nenhum atleta conseguiu cumprir os 21 quilómetros abaixo de uma hora, Carlos Móia lembrou o vento forte e a competitividade entre os dez primeiros classificados, numa prova novamente dominada pelos atletas quenianos.

"Houve uma corrida fantástica na elite masculina. Houve 12 atletas na casa dos 60 minutos. É fantástico, deve ter sido a melhor corrida da meia maratona, apesar de não se ter feito nada com 59 minutos. Daí o ‘se’. Se não estivesse este vento, se calhar teríamos feito 58 minutos e alguns seguramente com 59 minutos", concluiu.

O queniano Erick Kiptanui venceu a 28.ª edição da meia-maratona de Lisboa, com a marca de 1.00.05 horas, enquanto a prova feminina foi arrebatada pela etíope Etagegne Woldu, com o tempo de 1.11.27.