A nona jornada destes campeonatos, que decorrem em Eugene, no estado norte-americano do Oregon, confirmou também o domínio de Pedro Pichardo no triplo salto, que assim dá a Portugal a primeira medalha nesta competição, que está a um dia de encerrar.

O Quénia, com triunfo nos 800 metros masculinos, e a Etiópia, vencedora dos 5.000 metros femininos, mantiveram os 'pergaminhos' do meio-fundo africano, enquanto no lançamento do disco o triunfo foi para Anderson Peter, de Granada, e no decatlo o canadiano Damian Warner, campeão olímpico, lesionou-se quando liderava destacado.

Os Estados Unidos têm agora 10 medalhas de ouro e 28 no total, liderando com larga margem um quadro de medalhas de que Portugal passa a constar, no grupo dos 16.ºs.

Pedro Pichardo conseguiu o melhor resultado da delegação lusa e deixo o país bem colocado também no quadro de pontos, com 16 e o 19.º lugar.

O campeão olímpico, que já tinha duas medalhas em Mundiais, mas ainda como cubano, chegou finalmente ao ouro, que 'resolveu' logo no primeiro ensaio, com 17,95 metros, muito perto do seu recorde nacional.

A prata foi para o burquinês Hugues Fabrice Zango, recordista mundial em pista coberta, e o bronze para o chinês Yaming Zhu, vice-campeão olímpico.

Nas estafetas, nada aconteceu como se antecipava.

Apesar da tripla da Jamaica no pódio de 100 metros, foram as velocistas 'da casa', com uma eficiência perto da perfeição na transmissão do testemunho, a terminar no primeiro lugar, em 41,14 segundos, quatro centésimos à frente das experientes atletas das caraíbas.

Melissa Jefferson, Abby Steiner, Jenna Prandini e Twanisha Terry são as novas campeãs.

Mesmo desfalcados do campeão dos 100 metros, Fred Kerley, os Estados Unidos partiam como claríssimos favoritos para a estafeta que encerrou o programa.

Uma transmissão 'trapalhona' entre o terceiro e o quarto percurso, de Elijah Hall para Marvin Gracy, foi fatal para a perda do cetro, com o Canadá a terminar vitorioso, com um percurso final demolidor de André De Grasse, o campeão olímpico de 200 metros.

Aaron Brown, Jason Blake, Brendon Rodney e De Grasse são os novos campeões, em 37,48. Terminaram depois os quartetos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha.

Nos 800 metros, o campeão olímpico, Emmanuel Korir, do Quénia, foi o melhor numa prova com um início lento.

Korir venceu em 1,43,71 minutos, à frente do até agora desconhecido Djamel Sedjati, da Argélia, e do muito esforçado canadiano Marco Arop.

A Etíopia também não deixou os seus créditos do meio-fundo em terreno alheio e ficou com o ouro dos 5.000 metros femininos, através de Gudaf Tsegay, em 14,46,29.

Tsegay, que é uma presença regular nos lugares de topo das grandes competições, com várias medalhas, conseguiu o seu primeiro grande título.

A prata foi para Beatrice Chebet, do Quénia, e o bronze para a etíope Dawit Seyaum.

A etíope Letesenbet Gidey, campeã mundial dos 10.000 metros há uma semana e recordista mundial, mostrou-se com menos força que o esperado e só foi quinta, uma posição à frente da grande desilusão, a neerlandesa Sifan Hassan, campeã olímpica há 11 meses.

Depois de Kirani James, prata nos 400 metros, Granada voltou a festejar - e ainda mais - , já que Anderson Peters triunfou no lançamento do dardo, graças a um ensaio a 90,54 metros.

Peters repete assim o triunfo de Doha2019, agora à frente do indiano Neeraj Chopra, campeão olímpico, e do checo Jakub Vadlejch.

Como se sabia desde a véspera, Allyson Felix esteve na estafeta 4x400 metros dos Estados Unidos, para um apuramento fácil para a final.

É improvável que esteja no quarteto da final, mas fica assim aberto o caminho para que a veterana conquiste uma histórica 20ª medalha em Mundiais de atletismo.