Os 255 milésimos de segundo que separaram o K4 500 masculino da canoagem da medalha de bronze nos II Jogos Europeus são difíceis de digerir, mas são um “bom indicador” para os Mundiais de agosto, que apuram para Tóquio2020.

“O quarto lugar foi bom resulto dada a preparação que estamos a fazer, com foco no Mundial. Claro que é sempre o que nenhum atleta deseja, pois gosta de estar nas medalhas, mas isto foi uma prova muito difícil, com vento de frente que a tornou mais comprida. Estivemos bem, não há que perder o foco. Sabemos o caminho que estamos a percorrer que é para o mundial”, disse Emanuel Silva.

O ‘voga’ e mais experiente atleta do K4 destacou os “bons indicadores” da tripulação, elogiou os “progressos semanais” de uma equipa “cada vez mais unida e sempre motivada” liderada pelo técnico Rui Fernandes.

“Os resultados aparecem e a autoestima aumenta, por isso precisamos deles. Saímos daqui de consciência tranquila, que estamos no caminho certo. O quarto lugar aponta para um rumo correto só temos de continuar focados, atletas em conjunto com o treinador, pois isto é a nossa segunda família e devemos continuar uma família unida e pronta para tudo. Venha o Mundial!”, concluiu.

João Ribeiro garante que esta tripulação encara todas as regatas a pensar “tirar uma medalha, e nunca em ficar em quarto”: “Vínhamos com esse objetivo, sabíamos que era possível. O quarto é um ótimo lugar sabendo o que fizemos nas últimas semanas”.

“Temos feito mais volume [de trabalho] do que o normal, não preparámos bem Minsk2019. Não era possível fazer um pico de forma para aqui e daqui a oito semanas estarmos outra vez no mundial na melhor forma”, explicou.

O jovem Messias Baptista ironizou com a “medalha de chocolate, aquela que ninguém gosta”, assumindo que “perder por esta diferença é um bocado triste”, ainda assim elogiou o “resultado sólido”.

David Varela lamentou as “condições adversas” em que se disputou a final, com muito vento, admitindo que “com o cansaço não fica fácil segurar o barco”, tornando, desta forma, a prova “mais longa do que o habitual”.