Joe Biden pode ter de arranjar uma outra forma de estar em forma na Casa Branca, uma vez que os especialistas estão preocupados com a bicicleta estática interativa Peloton que o Presidente dos Estados Unidos da América usava para se manter em forma quando ainda não tinha assumido funções.

Algumas das caraterísticas principais da Peloton - a sua conectividade à internet, a camara e microfone que permitem que os utilizadores possam participar em aulas ao vivo - podem revelar-se problemáticas para a segurança da Casa Branca, explicaram os especialistas aos media norte-americanos.

De acordo com o 'The New York Times', Biden começava os seus dias na casa de família em Delaware com uma rotina de exercícios que incluía pesos, passadeira e a bicicleta Peloton.

A marca tornou-se muito popular durante a pandemia, com os treinos em casa - principalmente junto dos amantes do fitness - a aumentarem.

"Uma vez que estás ligado à internet, e ainda que existam firewalls e software de deteção de intrusão... estas coisas podem ser ultrapassadas se fores muito bom e tiveres habilidade", afirmou Max Kilger, especialista em cibersegurança e professor na Universidade do Texas, em San Antonio, à revista 'Popular Mechanics'.

"Se querem mesmo que a Peloton seja segura, têm de tirar a câmara, tirar o microfone e a ligação à rede... e assim ficas com uma bicicleta chata", disse.

Mas ainda é possível que os Serviços Secretos encontrem solução.

Em 2017, o 'The Verge' noticiou que Michelle Obama tinha uma Peloton na Casa Branca, mas que foi modificada para remover a câmara e o microfone.

O dilema de Biden aumentou o interesse de outros adeptos da bicicleta no "Peloton Forum", uma plataforma da empresa.

Numa discussão intitulada "Joe Biden has a Peloton" [Joe Biden tem uma Peloton], um utilizador questionou: "Qual é o user name dele? Adorava dar 'kudos' ao Tio Joe!".

"Podemos não trazer assuntos relacionados com política para esta comunidade? Vamos manter-nos na saúde",  escreveu outro.

Os riscos de segurança da tecnologia de saúde são um assunto sério para as autoridades federais. Em 2018, o Pentágono proibiu que os soldados usassem as pulseiras de fitness FitBit.

Os dispositivos ligados usam a geolocalização para registar a atividade física e já expuseram as localizações de algumas bases militares dos Estados Unidos da América.