O Comité Olímpico Internacional (COI) admitiu hoje que pode ter de retirar o halterofilismo de Paris2024 e futuros Jogos Olímpicos, se a Federação internacional da modalidade não rever as alterações às regras antidopagem pedidas.

“A situação na Federação Internacional de Halterofilismo está a ficar mais e mais grave. O Conselho Executivo [que hoje se reuniu por via telemática] expressou a preocupação extrema causada pelas mudanças neste organismo”, criticou o presidente do COI, Thomas Bach, em conferência de imprensa após a sessão.

Mesmo reconhecendo que “uma mudança nas regras antidoping já foi revertida”, sobretudo “após a intervenção” do Conselho Executivo, que já tinha alertado para a situação e exigido soluções, “há muitas outras que foram ignoradas”, apesar de “todos os avisos”.

Em 27 de janeiro, Bach tinha considerado a situação “perturbadora”, estando em causa a alteração de regras antidopagem sem consulta própria, o que causa “grande preocupação pelo aparente enfraquecimento das regras antidopagem e outros problemas administrativos”.

As regras anteriormente em vigor tinham sido as anunciadas e aceites com vista ao sistema de qualificação olímpica, tendo então enviado um pedido de esclarecimento e a sugestão de que fossem revertidas, aumentando agora a pressão sobre o organismo que rege a modalidade.

“O Conselho Executivo quer deixar bem claro que se estas preocupações não forem resolvidas de forma adequada e atempada, o COI terá de avaliar a presença do halterofilismo em Paris2024 e em Jogos futuros”, avisou.

Bach lembrou ainda que a composição final da equipa olímpica de refugiados a Tóquio2020, adiado para este verão, será conhecida em breve, com 55 atletas atualmente apoiados, de 13 países diferentes, e em países de acolhimento espalhados pelos cinco continentes, num total investido superior a 1,6 milhões de euros desde 2016 em bolsas e outros apoios.

Para Tóquio2020, o COI esclareceu ainda que está “agradado” com a evolução da vacinação de atletas apurados para o evento, que já avançou em alguns países e está confirmada noutros, com outros casos, como Portugal, em contacto com as autoridades.

Por outro lado, o líder do comité destacou como foram “bem recebidos” os manuais de orientação para o evento que arranca em 23 de julho no que toca à organização e logística relativa à pandemia de covid-19 e outras contingências de segurança.

Outra questão levantada pelos jornalistas prendeu-se com a possibilidade de presença de público nas bancadas, com o COI a admitir que a decisão aconteça em dois momentos distintos por parte do Japão e do Comité Organizador: primeiro sobre adeptos que vêm do estrangeiro, depois de fãs locais.

Bach voltou ainda a frisar a confiança na realização do evento, ‘ameaçado’ de novo pela pandemia, e a prioridade da nova presidente do Comité Organizador, a ministra dos Jogos Olímpicos Seiko Hashimoto, de “conseguir uns Jogos seguros para todos”, mesmo que admita “compreender o ceticismo” do povo japonês.

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