O Egito iniciou bem o Mundial de andebol masculino, que organiza, ao bater no Cairo o Chile por 35-29, em jogo disputado sem público, consequência da pandemia covid-19.

Os africanos assumem provisoriamente a liderança do Grupo G, que conta igualmente com a favorita Suécia e a Macedónia do Norte, chamada 'à última hora' para substituir a República Checa, que desistiu do torneio por ter ficado com o plantel 'dizimado' por casos de covid-19.

No jogo de arranque, o Egito resolveu tudo na primeira parte, perante o participante mais fraco do grupo. Ao intervalo, vencia por 18-11, após o que geriu a confortável vantagem.

Suecos e macedónios só jogam na quinta-feira, num imenso pavilhão totalmente vazio de público.

O poder político do Egito, diretamente envolvido na organização do evento, e a federação internacional da modalidade, presidida pelo egípcio Hassan Moustafa, tudo fizeram para manter este primeiro Mundial com 32 equipas, apesar do recrudescimento da pandemia, responsável pelas desistências, já esta semana, da Republica Checa e dos Estados Unidos (substituídos por Macedónia do Norte e Suíça).

"A nossa mensagem é a seguinte: eis como o mundo está doravante capaz de se adaptar à nova realidade que a pandemia nos impõe", disse o presidente Abdel Fattah al-Sissi, na cerimónia de abertura.

Os organizadores resignaram-se no início da semana, a três dias do jogo de abertura, a disputar o torneio à porta fechada, depois de ter sido projetado com limites de 30 por cento de espetadores, e depois 20 por cento.

Um rude golpe para quem construiu de raiz três dos quatro grandes pavilhões do torneio.

"O pior cenário para o andebol era anular o torneio, pelo que decidimos jogar sem adeptos", defendeu Hassan Moustafa.

O torneio prossegue na quinta-feira, com mais sete jogos, entre os quais o Portugal-Islândia, do grupo F.

As 32 equipas estão repartidas em oito grupos de quatro, na primeira fase, sendo que cada grupo fica agregado a um pavilhão e um hotel, que funcionam como 'bolha sanitária'. A final disputa-se em 31 de janeiro, no Cairo.

A Dinamarca, campeã em título, a Noruega, finalista da última edição, e a Espanha, campeã da Europa, estão na primeira linha de favoritos. Os históricos Croácia, França, Alemanha, Suécia e Eslovénia também têm ambições, enquanto que Portugal aponta para a sua melhor classificação de sempre.