O FC Porto manifestou hoje “estranheza” pelo arquivamento por parte da Conselho de Disciplina (CD) da Federação de Andebol de Portugal (FAP) do processo de inquérito disciplinar relativo ao caso ‘Cashball’, que envolvia o Sporting.

Em comunicado divulgado no site oficial, os ‘dragões’ referem que a decisão foi “tomada sem nunca se ter ouvido oficialmente o FC Porto, que teve o cuidado de remeter várias missivas sobre o tema àquela federação”.

O clube portista realça que a decisão surge numa altura em que “vieram a público mais suspeitas sobre os protagonistas envolvidos e sobre os factos referenciados como passíveis de consubstanciarem grave atentado à verdade desportiva”.

“Estranha-se por isso que (...) se procure branquear acontecimentos que continuam a ser desvalorizados pela referida federação”, aponta o FC Porto, sobre a suspeita de prática de infrações disciplinares que puseram em causa a integridade desportiva de vários jogos de andebol na temporada 2016/17, na qual o Sporting se sagrou campeão nacional.

De acordo com os ‘dragões’, “a imagem e a confiança no dirigismo desportivo e na FAP não melhoram com decisões como esta”.

Na terça-feira, o Conselho de Disciplina da Federação de Andebol de Portugal anunciou o arquivamento do processo de inquérito relativo ao caso ‘Cashball’, alegando a “ausência de indícios suficientes para determinar o prosseguimento do processo como disciplinar contra qualquer clube ou agente desportivo”.

O caso ‘Cashball’, um alegado esquema de viciação de resultados em benefício do Sporting no futebol e no andebol, levou à constituição de sete arguidos em maio do ano passado, entre eles o ‘team-manager’ dos ‘leões’, André Geraldes, posteriormente libertado após o pagamento de uma caução de 60.000 euros.

Nessa altura, André Geraldes, que atualmente é diretor executivo da SAD do Farense, ficou impedido de exercer funções desportivas, bem como de contactar os restantes arguidos. Essas medidas de coação foram, entretanto, levantadas.