A seleção cabo-verdiana de andebol vai faltar ao próximo jogo da fase de grupos do mundial, contra a Alemanha, por dois jogadores terem acusado positivo para o novo coronavírus após a primeira partida, anunciou hoje a federação.

“Perante a situação real, com apenas nove jogadores, a equipa técnica, sem outra alternativa, optará pela falta de comparência, em que valerá à seleção nacional uma derrota por uma diferença de 10 golos”, explicou o presidente da Federação Cabo-verdiana de Andebol, Nélson Jesus, num comunicado enviado à agência Lusa.

De acordo com o calendário oficial da competição, que decorre no Egito, o jogo entre as seleções de Cabo Verde e da Alemanha, a segunda partida do grupo A, está agendada para domingo, às 19:00 locais (menos duas horas em Lisboa).

No esclarecimento, o presidente da federação explica que a seleção nacional, que se estreia num campeonato mundial da modalidade, ao entrar no Egito, em 13 de janeiro, foi confrontada com o facto de quatro atletas que tinham estado infetados com covid-19 durante o estágio em Portugal, e que “recuperaram” da doença, “voltaram a acusar positivo na despistagem feita, no local da competição, pela organização do evento”.

No dia seguinte, prossegue o dirigente, toda a comitiva foi submetida a novos testes e, enquanto aguardava pelos resultados, foi autorizada a realizar um treino restrito.

Em 15 de janeiro, os resultados das autoridades de saúde locais não apresentaram qualquer caso de covid-19, pelo que a equipa cabo-verdiana, composta por 11 jogadores, teve autorização para sair do hotel para o local do primeiro jogo da competição, com a Hungria (vitória húngara por 34-27).

Segundo Nélson Jesus, no final da partida de estreia, os 11 jogadores foram submetidos a novo teste de despiste à covid-19.

“E destes testes surgiram, inexplicavelmente, mais dois casos positivos, reduzindo a seleção nacional para nove elementos, que contraria o regulamento da competição, onde nenhuma equipa é permitida comparecer, no terreno do jogo, com menos de dez elementos”, acrescenta o dirigente.

Nélson Jesus afirma que o “objetivo da seleção nacional não ficará colocado em causa”, depois da forte mobilização no arquipélago, nomeadamente em apoios financeiros, de privados e do Estado, para garantir que, apesar das dificuldades que o país atravessa, Cabo Verde fizesse a estreia num campeonato do mundo de andebol.

Para o efeito, a federação providenciou “para o mais breve possível” a partida para o Cairo, para integração na equipa principal, “de mais quatro atletas de andebol vindos desde Cabo Verde e Portugal”.

No terceiro e último jogo da fase de grupos da competição, agendando para terça-feira, 19 de janeiro, Cabo Verde enfrenta o Uruguai.

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