Irina Rodrigues reforçou hoje o contingente português com marca de apuramento no atletismo para os Jogos Olímpicos Paris2024, ao bater o recorde nacional no lançamento do disco na Taça da Europa de lançamentos em Leiria.

Rodrigues, de 33 anos, lançou hoje o engenho a 66,60 metros - o que corresponde a novo recorde nacional e melhor marca mundial do ano - para tornar-se na oitava com marca de qualificação no atletismo, ainda que a vaga só seja confirmada oficialmente depois de 30 de junho, quando for realizado o acerto entre lugares de ranking e marcas.

Portugal passa assim a ter 36 atletas com presença assegurada em Paris2024, sendo que o atletismo é a modalidade mais representada, com oito ‘apurados’.

Pedro Buaró (salto com vara), Samuel Barata e Susana Godinho (maratona), Auriol Dongmo (lançamento do peso), Isaac Nader (1.500 metros), João Coelho (400 metros) e Ana Cabecinha (20 quilómetros marcha) são os outros atletas com mínimos.

Na natação, são cinco os apurados, com Angélica André, Diogo Ribeiro, campeão mundial dos 50 e 100 metros mariposa e que já conseguiu mínimos nos 50 e 100 metros livres e nos 100 metros mariposa, João Costa (100 metros costas), Camila Rebelo (200 metros costas) e Miguel Nascimento (50 metros livres).

Em janeiro, o dressage garantiu uma quota coletiva, pelo que Portugal levará três cavaleiros a Paris2024, que participarão tanto na competição de equipas, como na prova individual, ‘caindo’ a vaga individual conquistada por Maria Caetano nessa disciplina.

Além desta equipa, a Missão portuguesa também estará presente no concurso de obstáculos dos Jogos Olímpicos, graças à vaga assegurada para o país por Duarte Seabra.

A ginástica de trampolins garantiu a presença na capital francesa, depois de Pedro Ferreira e Gabriel Albuquerque terem alcançado a final de trampolim individual masculino dos Campeonatos do Mundo de ginástica.

Apesar de estar representado por dois ginastas na final em Birmingham, em Inglaterra, Portugal teve apenas direito a uma quota para os Jogos Paris2024, uma vez que os oito finalistas dos concursos masculino e feminino asseguravam um lugar para o país, com a limitação de uma vaga por nação.

Já na ginástica artística, Filipa Martins conquistou um lugar graças ao 27.º lugar na qualificação e apuramento para a final do ‘All-Around’ no Campeonato do Mundo de Antuérpia, na Bélgica.

A ginasta assegurou uma das 14 vagas individuais para o ‘All-Around’, depois de contabilizadas as quotas para as equipas.

Com o sexto lugar no contrarrelógio dos últimos Mundiais, Nelson Oliveira já tinha garantido uma vaga para as cores lusas nessa especialidade, com o ranking a atribuir outras duas quotas na prova de fundo e mais uma no 'crono', sendo que os dois ciclistas terão de ser os mesmos nas duas provas.

Portugal, 12.º do ranking masculino, repete assim os dois ciclistas de Tóquio2020, ainda por definir pelo selecionador, voltando a ter uma ciclista na prova de fundo feminina, algo que não acontecia desde Atlanta1996.

O ténis de mesa foi a 10.ª modalidade a garantir presença nos Jogos, depois de a seleção masculina, composta por Marcos Freitas, Tiago Apolónia, João Geraldo, Diogo Carvalho e João Monteiro - o último foi dispensado devido a doença -, ter conquistado a vaga durante o Mundial por equipas.

Além da vaga por equipas, que será composta por três jogadores, Portugal tem também assegurada a presença de dois atletas no torneio individual, que vão sair dos convocados para a prova coletiva.

No surf, Yolanda Hopkins, quinta em Tóquio2020, juntou-se a Teresa Bonvalot, que também esteve nos Jogos Olímpicos anteriores, na lista de apuradas para estes Jogos Olímpicos, ao chegar às meias-finais dos Jogos Mundiais da modalidade, em Arecibo, Porto Rico.

Portugal tem presença já certa também na canoagem, vela e tiro com armas de caça.

No final de setembro, Maria Inês Barros selou um lugar para a equipa lusa, ao sagrar-se campeã europeia de tiro com armas de caça (trap), em Osijek, na Croácia, dias depois de Teresa Portela ter assegurado uma das três vagas na canoagem, em K1 500 metros, depois do oitavo lugar na final dos Mundiais de Duisburgo, na Alemanha.

O K1 500 foi a terceira embarcação a garantir o apuramento para os Jogos Olímpicos Paris2024, depois do K1 1.000, com a prata de Fernando Pimenta na mesma competição, e do K2 500, pelos campeões mundiais João Ribeiro e Messias Baptista.

Na vela, Diogo Costa e Carolina João asseguraram a presença de Portugal em 470, nos Mundiais de Haia, e acabaram por conseguir ocupar a vaga do país, segundo decisão federativa, à semelhança de Eduardo Marques, em ILCA 7.

Vasileia Karachilou, grega que compete por Portugal ao abrigo de uma licença especial da World Sailing, também conquistou uma vaga em ILCA 6, mas o Comité Olímpico Grego já disse que não autorizava a participação da velejadora por Portugal, com a quota a dever, assim, passar para outra nação.