O Juízo Central Criminal de Lisboa condenou o ex-assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves, dois anos e seis meses de prisão, com pena suspensa por corrupção no julgamento do processo E-toupeira.

O Tribunal decidiu por uma pensa suspensa mas o ex-assessor jurídico do Benfica fica sujeito ao pagamento seis mil euros a cada seis meses à Associação Nacional de Futebol de Rua.

O advogado Tiago Rodrigues Bastos disse à Lusa que Paulo Gonçalves vai recorrer da decisão.

"Foi uma surpresa a condenação pelo crime de corrupção, dada a inexistência de qualquer prova da prática deste crime, pelo que iremos recorrer", afirmou.

Paulo Gonçalves, antigo assessor jurídico da SAD do Benfica, estava acusado de seis crimes de violação do segredo de justiça, 21 de violação de segredo por funcionário, nove de acesso indevido, nove de violação do dever de sigilo, em coautoria, além de um crime de corrupção ativa, dois de acesso indevido e dois de violação do dever de sigilo.

O tribunal apenas validou a acusação do crime de corrupção entre os 50 crimes que eram imputados a Paulo Gonçalves.

O caso E-toupeira remonta a 2018, quando o MP acusou o antigo assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves, os funcionários judiciais José Augusto Silva e Júlio Loureiro e a SAD do Benfica de vários crimes. Contudo, em dezembro desse ano, a decisão instrutória acabou por não pronunciar para julgamento a SAD ‘encarnada’.