
É sempre assim, em dia de final de Taça de Portugal, no Estádio Nacional. No Jamor sente-se o fumo das bifanas, das entremeadas. Ouve-se os cânticos das equipas.
A animação é única e começa de véspera. Este ano, com o primeiro dérbi entre Benfica e Sporting neste palco em muito tempo (desde a fatídica final do 'very-light'), as autoridades não permitiram que se pernoitasse no vale do Jamor. Ainda assim, como o SAPO Desporto percebeu, houve que tivesse chegado ainda antes da meia-noite para montar o seu estaminé, entre toldo, mesas, cadeiras, grelhadores e as indispensáveis máquinas de tirar imperiais.
E a primeira mensagem que ouvimos, foi de fair-play. "Espero que seja acima de tudo um jogo em que as pessoas se divirtam e não haja problemas nenhuns entre a malta do Sporting e do Benfica. Nós viemos aqui foi para a festa, não foi para mais nada. Que ganhe o melhor", disse-nos um adepto encarnado.
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O espírito, de um lado e do outro, era mesmo esse: boa-disposição, muita comida e muita bebida. Bifanas, entremeadas, moelas, até porco no espeto e, claro, muita cerveja. Houve quem tivesse chegado ainda antes da meia-noite, quem tivesse chegado de Seia de madrugada, quem viesse de bem mais perto e já tivesse bebido bem mais imperiais.
Do lado encarnado, a opinião é unânime: Uma vitória nesta final da Taça (que não acontece desde 2017) e logo ante o eterno rival não salva a época. Mas vai saber bem.
Do lado verde e branco, as palavras dos adeptos também não divergem muito: O mais importante, o bicampeonato, está conquistado. Se vier acompanhado de uma 'dobradinha' (que foge aos leões desde 2002), melhor. E os nomes que apontam como heróis são também os mesmos: Viktor Gyokeres, claro está, e - porque o jogo é contra o Benfica - Geny Catamo.
Uns e outros divergem, claro, nos prognósticos, apostando naturalmente na vitória das respetivas cores. Mas, numa coisa, estão todos de acordo. A festa, aquela que viveram antes do jogo, ninguém lhes tira.
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