A pouco menos de 24 horas da final da Taça de Portugal entre FC Porto e Sporting, Rui Patrício recordou a derrota dos 'leões' na época passada frente ao Desportivo das Aves, após uma semana muito difícil para os jogadores leoninos. A preparação não foi a melhor, depois de os jogadores, técnicos e médicos terem sido agredidos por cerca de 50 adeptos leoninos que invadiram a academia do clube, em Alcochete.

"[O jogo mais especial] foi o primeiro no Sporting. Foi o sonho concretizado. [O pior momento] foi final da Taça de Portugal [do ano passado]. Foi o jogo mais difícil, pelo que estava a sentir e por tudo o que se tinha passado ao longo dos últimos tempos. Foi, sem dúvida, o pior da minha vida", confidenciou o guarda-redes do Wolverhampton ao programa 'A Nossa Tarde', da RTP.

O guardião lamentou a forma com deixou Alvalade, depois de um ano de muito desgaste, com muitos ataques que lhe foram dirigidos por Bruno de Carvalho, na altura, presidente do clube, e também por parte de alguns adeptos. De recordar que no jogo da Liga em Alvalade, adeptos da claque Juventude Leonina atiraram várias tochas contra Rui Patrício.

"Era muito difícil continuar assim, pelo que estava a viver em termos emocionais, era muito difícil sentir-me bem e era impossível continuar", explicou. Outro momento marcante foi a invasão da Academia do Sporting.

"Lembro-me muitas vezes, não só disso, mas de tudo aquilo que se passou. Vai ficar marcado para o resto da minha vida. Se calhar vivi aquilo de maneira diferente dos outros, porque estava lá desde miúdo", recordou.

Apesar da forma como deixou Alvalade, Rui Patrício sublinhou que o seu amor ao Sporting não saiu beliscado.

"É o clube que amo e vai ser sempre o clube do meu coração. Regressar? Não sei o dia de amanhã, mas o Sporting é o meu clube e é a minha casa", atirou.