Carlitos é o único 'sobrevivente' da equipa da Figueira da Foz que, então na Liga de Honra e orientada por Álvaro Magalhães, disputou em 2002/2003 a meia-final frente ao FC Porto, de José Mourinho, que terminou com a vitória portista por 2-0 (golos de Derlei e Deco), nas Antas.

“Quem chegou a este patamar tem toda a legitimidade para sonhar em chegar à final. Nós não somos diferentes e assumimos que a nossa meta é o Jamor. Depois, logo se vê”, salienta o jogador, a seis dias da primeira “mão” das “meias”, no reduto do “secundário” Desportivo de Chaves.

Recordando o passado, Carlitos afirmou que “nada é igual”, justificando: “São outras equipas, outros jogadores e até o cenário competitivo actual se apresenta diferente, já que agora as meias-finais são disputadas em dois jogos”.

“Vai ser uma partida muito difícil. Sendo o Chaves uma equipa da Liga Honra, vai naturalmente sentir uma motivação especial, procurando chegar à final da Taça, o que não tem sido um facto muito comum”, explicou.

A Naval 1.º de Maio sabe o que quer: “Pela nossa parte, vamos abordar a partida com sentido de responsabilidade e sobretudo com grande respeito pelo adversário. Se chegou a este patamar, não foi por acaso, mas por mérito próprio”.

“Depois, teremos de abordar a partida com grande concentração, ser rigorosos e organizados, de forma a tentarmos já neste jogo obter um resultado que nos possa de alguma forma dar alguma tranquilidade para a segunda partida (13 de Abril, na Figueira da Foz)”, finalizou.

A Naval 1.º de Maio, oitava classificado da Liga principal, e o Desportivo de Chaves, 14.º da Liga de Honra, defrontam-se terça-feira, pelas 18:15, no Estádio Municipal de Chaves, na primeira “mão” das meias-finais da Taça de Portugal.

A outra meia-final vai opor o FC Porto, detentor do troféu, e o Rio Ave, com jogos a 24 de Março (em Vila do Conde) e 14 de Abril (no Dragão).