Bruno Lage fez esta terça-feira o lançamento da partida entre Benfica e Santa Clara, relativa aos quartos de final da Taça da Liga, que irá ter lugar no Estádio da Luz.
O técnico dos encarnados admitiu algumas alterações no onze, tendo ainda abordado questões relacionadas com Pavlidis, Renato Sanches...e Rúben Amorim.
Mudanças no onze: "A prioridade é sempre o próximo jogo. Vamos procurar, o mais rápido possível, a consistência que pretendemos ter. Há duas coisas que vão contra a consistência, que é o espaço temporal em que por vezes ficamos sem competir e outra são várias alterações sem termos uma base sólida. Vou olhar para o jogo de amanhã como olhei para o último e se entender que há jogadores que podem entrar no onze sem que a equipa perca rendimento, é isso que vou fazer"
Possível saída de Amorim: "Entendo que é o assunto do momento, mas para nós o assunto do momento é o Santa Clara. O Rúben, neste momento, é treinador do Sporting e nós não vamos jogar contra o Sporting, vamos jogar contra o Santa Clara. Temos de estar focados no Santa Clara e se há algum treinador em que temos de estar focados é no Vasco Matos e no excelente trabalho que ele está a realizar"
Renato Sanches: "Sinto que o Renato, à semelhança de todos os jogadores, pode ser titular a qualquer momento. O Renato tem dado boas respostas nos jogos em que entrou e nos treinos que tem vindo a realizar. O impacto que pode ter... foi uma contratação do clube, todos o conhecem aqui dentro. Eu já o treinei no Swansea e sabemos do impacto que ele teve na altura e o quanto lamentámos a sua lesão após o alto contributo que teve. É importante, mas meto-o à altura de todos os outros. A jogar de três em três dias não há titulares, mas sim uma consistência de rendimento que sinto que esta equipa pode atingir"
Poucos golos de Pavlidis: "Nós, aqui, temos de ver a questão em termos coletivos. Quando olho para os dados objetivos vejo que temos 26 golos marcados e seis golos sofridos. Tenho de olhar para o rendimento da equipa e neste momento estou satisfeito. Para os golos surgirem tem de existir um trabalho de toda a gente. As movimentações do Pavlidis no último jogo foram muito importantes. Claro que há coisas que todos podem melhorar e acreditamos que com tempo e trabalho todos vão melhorar. Recordo que ele jogou pela seleção em Wembley e marcou dois golos. O mais importante é estarmos convictos do que estamos a fazer"
Pavlidis acusa a pressão?: "Vou usar essa expressão, que é a 'pressão' que ele tem de fazer quando temos de defender e todos têm feito um trabalho fantástico nesse sentido. Reforço que a visão da nossa parte tem de ser feita com base em dados objetivos. É verdade que um ponta de lança vive de golos, mas temos de ver a questão de outra maneira. Nós fazemos a análise praticamente a seguir a cada jogo e tenho falado com toda a gente. Entendo a pergunta, a nossa visão é sempre mais global e é a que nos faz mais sentido neste momento"
Entradas no onze: "O que quero, independentemente dos nomes, é que percebam que quando forem chamados têm de dar contributo à equipa. O que quero é perspetivar que rendimento podemos ter e ter consistência no jogo. No último jogo senti que tinha de fazer uma alteração em termos de estratégia. Há que olhar para o que os jogadores têm vindo a fazer"
Taça da Liga no calendário: "A sua pergunta é a mais difícil. Acho que faz sentido a competição, preferia uma fase de grupos, mas o que eu gostava de ter era tempo para treinar. Independentemente de ter feito a pré-época ou não, acho que temos de pensar e ponderar muito bem o tempo que temos para treinar porque os jogadores precisam de tempo para treinar, para recuperar e para voltar à competição. Há cinco ou seis anos tínhamos mais tempo para treinar. Temos de arranjar uma maneira de ter um espaço temporal maior entre os jogos e enquadrar as competições. Qualquer dia só temos a pré-época para o fazer e qualquer dia, se existir uma outra competição, nem esse tempo temos para treinar. Para o futebol e para que os jogos sejam mais competitivos e com menos lesões, a pausa entre jogos tem de ser maior e para as equipas criarem automatismos as equipas têm de treinar".
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