O Benfica venceu, esta quarta-feira, o V. Guimarães e seguiu em frente para a final 'four' da Taça da Liga. Depois do empate no final do tempo regulamentar (1-1), os encarnados conseguiram superiorizar-se nas grandes penalidades por 4-1.

173.º confronto entras as duas equipas

Benfica e V. Guimarães defrontavam-se pela 173.º vez no conjunto de todas as competições. O histórico era claramente favorável para os donos da casa, já que o Benfica contava com 71 triunfos, contra nove empates e cinco derrotas. Desde 2009, também com Jorge Jesus no banco das águias, que os vimaranenses não derrotavam o Benfica no ninho da águia.

Os encarnados chegavam a este encontro depois da goleada por 5-0 frente ao Vilafranquense. Já o Vitória de Guimarães vinha de uma derrota em casa frente ao Santa Clara, por 1-0, também a contar para a quarta eliminatória da Taça de Portugal.

Equipas

Para o encontro, João Henriques, técnico do Vitória de Guimarães, mudou mais de meia equipa em relação à partida frente ao Santa Clara. Trmal, Sílvio, Janvier, Edwards, Estupiñan e Rochinha entraram para os lugares de Varela, Mensah, André Almeida, Maddox, Bruno Duarte e Quaresma. Já Jorge Jesus só manteve quatro titulares do encontro da Taça de Portugal: Helton, Jardel, Nuno Tavares e Rafa, de resto era uma equipa do Benfica mais próxima da que se apresenta no campeonato português.

Primeira parte marcado pela desinspiração encarnada e pela eficácia vimaranense

O primeiro momento de perigo do jogo surgiu por intermédio de Darwin. Jogada iniciada por Taarabt numa boa combinação com Waldschmidt, finalizada pelo internacional uruguaio. No entanto, acabou por ser o V. Guimarães a chegar à vantagem. Marcus Edwards conseguiu galgar terreno, colocou a bola em Rochinha com este a servir Estupiñan para o 1-0 do V. Guimarães.

O Benfica tentou responder, mas demonstrando sempre grandes dificuldades em chegar a zonas de finalização. Enquanto os encarnados atacavam, o V. Guimarães tentava espreitar o contra-ataque. Ao minuto 32´, foi Edwards a servir para o remate de Miguel Luís. Helton Leite teve que se aplicar.

Nos primeiros 45 minutos, o Benfica foi praticamente uma sombra no que diz respeito à criação de oportunidades. Teve a resposta natural de tentar chegar à baliza adversária, com vontade e envolvimento, mas com pouco esclarecimento. O Vitória mantinha-se forte a defender lá atrás.

Em cima do minuto 45´, golo anulado ao Benfica. Everton Cebolinha conseguiu colocar a bola dentro da baliza, mas o lance foi invalidado por fora de jogo.

Era o Benfica habitual, versão 20/21, forte na posse, mas com dificuldades para furar e conseguir travar o adversário nas transições.

Segunda parte com o Benfica a todo o gás, mas com pontaria desafinada

No segundo tempo, a toada manteve-se, mas com um Benfica mais acutilante e vertical. Jesus lançou Gilberto e Seferovic para os lugares de Waldschmidt e João Ferreira. Minutos mais tarde, foi lançado Pedrinho para o lugar de Rafa Silva.

Faltava criatividade ao Benfica, com um Vitória confortável, na expetativa e atrás da linha da bola. A primeira oportunidade da segunda parte só surgiu ao minuto 70´. Cruzamento de Pedrinho com o atacante a cabecear ao lado. A equipa de João Henriques não se encolhia e o técnico lançava Quaresma e Foster para o terreno de jogo.

O experiente internacional português entrou e deu nas vistas. Primeiro serviu Janvier que rematou para defesa de Hélton, antes tinha cruzado com perigo.

Mas era o Benfica quem somava oportunidades atrás de oportunidades. Num lance trabalhado por Darwin e Everton, Pizzi finalizou para defesa de Trmal. Ao minuto 82´, os encarnados chegaram mesmo ao golo. Poha travou Pedrinho e foi assinalada grande penalidade. Na conversão, Pizzi atirou a bola muito puxada e fez o empate. Até final, Darwin ainda dispôs de mais uma boa oportunidade, num cabeceamento após cruzamento de Pizzi, mas Trmal parou a bola com uma defesa de grande nível. O jogo acabou por ir mesmo para a decisão nas grandes penalidades.

Benfica competente nas grandes penalidades

Nesse momento do jogo, o Benfica acabou por se impor marcando todas as quatro grandes penalidades. Everton, Pizzi e Gabriel marcaram para os encarnados. No Vitória, André Almeida atirou ao ferro, Pepelu fuzilou e Poha atirou para defesa de Hélton Leite. Seferovic marcou a grande penalidade decisiva e colocou o Benfica na 'final four' da Taça da Liga, onde já estão Sporting e FC Porto. Infelicidade para Poha que acabou por estar envolvido na grande penalidade que deu o golo do empate e na decisão nos penaltis, onde acabou por falhar o castigo máximo.