O treinador Carlos Carvalhal frisou hoje que o Sporting de Braga quer estar na ‘final four’ da Taça da Liga de futebol e que “reina a confiança” para bater o Vitória de Guimarães, na quinta-feira.

Os bracarenses, que voltaram aos triunfos no domingo, ao baterem o Farense por 2-0, na nona jornada da I Liga, já perderam esta época com os rivais de Guimarães, em casa, também por 2-0, há um mês e meio, na quinta ronda.

“A expectativa é estar na ‘final four’, é o nosso grande objetivo e o nosso foco. Para isso, temos que vencer uma equipa que não perde há seis jogos, uma equipa organizada e boa. Respeitamos o adversário, mas reina a confiança de que vamos levar de vencida um difícil oponente amanhã [quinta-feira]”, disse na conferência de imprensa de antevisão.

Numa alusão ao desaire caseiro no campeonato com os vitorianos, o treinador dos ‘arsenalistas’ notou que “os jogos são o maior barómetro de análise e observação do estado da equipa” e, por isso, esse desafio servirá para “tirar ilações e retificar” o que de menos bem a sua equipa fez.

Garantindo não se mover por um sentimento de vingança relativamente a esse jogo – “tenho é o sentimento muito grande de ganhar” -, o técnico considerou que o Sporting de Braga está a “evoluir” e que a equipa está “mais madura”, rejeitando ainda maior pressão sobre os bracarenses depois dessa recente derrota.

“Pressionadas estão as pessoas que não têm dinheiro para comer ou para pagar a renda, ou que estão na guerra da Ucrânia. A pressão de estar a representar o Sporting de Braga e ter um jogo que pode catapultar a equipa para uma ‘final four’ tem que ser uma pressão positiva. O passado não vai jogar amanhã [quinta-feira]”, garantiu.

Ter jogado com o Farense com um ataque mais móvel teve a ver com a lesão de Roberto Fernández e com questões estratégicas, de forma a ter um ponta-de-lança (El Ouazzani) no banco a quem poder recorrer.

“Não inventei nada, já vi o Manchester City ou o Sporting jogarem na frente sem avançados por diversas vezes, não é novidade nenhuma e é uma circunstância perfeitamente normal. Só temos dois avançados”, notou.

Os grupos organizados de adeptos do Sporting de Braga anunciaram que vão boicotar o jogo de quinta-feira e, apesar de respeitar todas as manifestações, Carlos Carvalhal “gostaria de os ter no estádio”, até porque “por vezes confunde-se o futebol com o negócio e nunca se pode perder a ideia de que é um jogo do povo”.

Os novos moldes da competição foram ainda criticados pelo treinador, que “gostaria de ter mais equipas envolvidas” na Taça da Liga.

“Seria mais justo até porque quem vai [competir] é quem tem mais densidade competitiva, ficam de fora os que têm menos, não jogam nas competições europeias. Não faz muito sentido, porque se joga muito pouco em Portugal e a Taça da Liga podia ser para isso, para jogarem os mais jovens”, disse.

Roberto Fernández falhou a receção aos algarvios por lesão e "continua em dúvida", revelou o treinador: "sofreu uma entorse no jogo com o Bodo/Glimt [da Liga Europa], treinou no dia seguinte e sofreu uma pancada de um colega logo no primeiro minuto, no mesmo sítio”, disse.

Robson Bambu e Arrey-Mbi são os únicos indisponíveis, por lesão.

Sporting de Braga e Vitória de Guimarães defrontam-se a partir das 18:45 de quinta-feira, no Estádio Municipal de Braga, jogo que será arbitrado por Fábio Veríssimo, da associação de futebol de Leiria.