Ramón Calderón, antecessor de Florentino Pérez na presidência do Real Madrid, saiu em defesa de Cristiano Ronaldo pela sua reação após ter sido substituído no jogo com o Milan, no último domingo.

O avançado português saiu aos 55 minutos do clássico da Serie A, cedendo o lugar a Paulo Dybala, que acabaria por marcar o golo do triunfo por 1-0, aos 77', e seguiu diretamente para o balneário, abandonando o estádio ainda antes de a partida terminar.

O antigo líder dos 'merengues' considera a reação do português "normalíssima" e recordou Ronaldo Nazário.

"A reação de Cristiano Ronaldo foi normalíssima. Os grandes futebolistas nunca querem sair do campo. Lembro-me que com Ronaldo [Nazário] acontecia o mesmo: pedia para ser titular até nos particulares", começou por dizer Ramón Calderón.

De seguida, o antigo presidente do Real Madrid explicou como a Juventus deve proceder nesta situação: "Há que falar com o jogador, deixar que se acalme e não tomar decisões a quente. O melhor a fazer é entender que estas atitudes não devem repetir-se e passar à página seguinte."

Segundo o jornal italiano 'Gazzetta dello Sport', o clube de Turim pretende resolver o caso de forma discreta, de forma a não suscitar polémicas. Ronaldo não será multado, mas o clube quer reunir-se com ele assim que terminar os compromissos pela seleção portuguesa.

O encontro servirá para pedir explicações ao jogador e recomendar que situações do género não se voltem a repetir. Além disso, é referido que o plantel da Juventus aguarda por um pedido de desculpas de Ronaldo.