Roberto Martínez analisou o embate frente à Bósnia, que resultou no triunfo da seleção portuguesa por 3-0.

Análise: "Hoje foi um típico jogo de estágio de junho, com fadiga mental. Os jogadores estiveram a um alto nível fisicamente, mas era um jogo difícil contra uma equipa com ideias muito claras, que joga direto, com jogadores como Pjanic e Dzeko. Sabemos que a Bósnia tem muita qualidade. Nós precisamos de estar juntos, de aprender, de jogar como equipa. O jogo sem bola foi um esforço para o coletivo, que merece a vitória. O Diogo Costa teve um grande momento. Precisamos de jogos como este para continuar a crescer."

Adaptabilidade: "É sempre importante ter pela frente um adversário que joga com umas qualidades determinadas. A nossa grande vantagem é termos um balneário com muitas possibilidades, para adaptar ao jogo e nunca ter de ser demasiado complicados com as nossas preparações. Hoje acho que cada jogador jogou para a equipa. Estou muito satisfeito com a conduta e esforço deles. Mas precisamos de melhorar muito na direção do jogo. Hoje perdemos a bola em zonas em que não podemos perder, demos oportunidades para o contra-ataque... Tem a ver com o adversário, que fez um bom trabalho defensivo, mas também com a fadiga mental. É uma vitória com 3 golos, sem sofrer. Agora é descansar e pensar na Islândia", disse.

Outra ideia de jogo. "Mas agora devemos desfrutar da vitória. O ambiente foi espectacular. Acho que os adeptos estão contentes. Depois pensamos na Islândia."

Sobre os assobios a Otávio: "É difícil para mim ver um jogador que não tem o apoio dos nossos adeptos. Hoje foi o ambiente mais espetacular que vi para uma seleção. Mas a rivalidade... Isto não ajuda a criar uma equipa, não ajuda o treinador a fazer uma equipa e não ajuda aos valores da equipa. A rivalidade futebolística de Portugal é boa, mas quando a seleção jogar não é o jogador do clube, mas da seleção. É uma situação doente..."

Elogios a Ronaldo: "O compromisso de Ronaldo é exemplar. É fácil gerar debate e dizer que não está na melhor forma, mas a verdade é que é um exemplo a forma como está sempre à disposição da Seleção. É um jogador único, com 199 internacionalizações. Muito importante para os valores do balneário. A sua atitude foi perfeita, sem bola, sempre a trabalhar, a seguir o plano da equipa. Estou muito satisfeito. O passe para o Diogo Jota foi um exemplo de um jogador que quer o melhor para a equipa."