Portugal empatou esta quarta-feira a dois golos no particular realizado frente à seleção do Gabão. Exibição portuguesa foi fraca e nem mesmo a participação de muitos dos jogadores que habitualmente não são titulares permite retirar ilações positivas deste amigável.
A primeira parte foi de muito fraca qualidade. Portugal não conseguia impor a sua qualidade técnica e o Gabão aproveitava para jogar próximo da baliza de Beto. O relvado de má qualidade não ajudou qualquer das equipas, mas foram os africanos que melhor se adaptaram a ele.
Com muita disputa a meio campo, a primeira oportunidade de golo surgiu só ao minuto 25, com o Gabão a estar perto do golo: cruzamento rasteiro da direita e Kanga rematou de primeira, mas para fora.
O Gabão estava animicamente mais forte e o golo acabou por chegar através de uma grande penalidade. Sílvio derrubou um avançado gabonês na área e Madinda não perdoou na conversão do pénalti.
A resposta de Portugal foi imediata e também de pénalti. Éder foi rasteirado e o árbitro não teve dúvidas em marcar o pénalti, que Pizzi converteu com sucesso na sua primeira internacionalização como titular da equipa das quinas.
Até final da primeira metade, tempo ainda para o árbitro ganhar protagonismo e ter estado à beira de um erro clamoroso: o Gabão esteve perto do 2-1, mas a bola nem sequer chegou a tocar a linha de golo. No entanto, o árbitro auxiliar viu o que não tinha acontecido e o árbitro chegou mesmo a dar golo para o Gabão. Corrigiu a tempo e as duas equipas recolheram aos balneários com 1-1 no marcador.
Portugal entrou mais determinado após o intervalo, mas nem por isso a qualidade do futebol praticado melhorou. No entanto, o golo acabou mesmo por surgir e pelo recém-entrado Hugo Almeida. O avançado regressou à seleção depois de alguns jogos de ausência e com poucos minutos em campo aproveitou para colocar Portugal na frente do marcador. Nelson furou pelo corredor direito e o avançado só teve de encostar à boca da baliza para fazer o 2-1.
Apesar de ter tomado as rédeas do jogo, Portugal não consegui o terceiro e foi o Gabão que repôs a igualdade, novamente graças a um pénalti, depois de Ricardo Costa jogar a bola com a mão na área. Pocko marcou e colocou o resultado em 2-2.
Até final o jogo arrastou-se sem que Portugal conseguisse impor-se no encontro: muita posse de bola mas pouca profundidade no ataque, com o Gabão a assustar Beto nos minutos finais. Exibição demasiado pobre da seleção das quinas para um “cachet” tão avultado quanto foram os 800 mil euros pagos à FPF.
Comentários