O futebolista português Bernardo Silva, que atua nos ingleses do Manchester City, confessou hoje ter sentido frustração por ter falhado, por lesão, o Euro2016, conquistado pela seleção nacional, mas aproveitou para se desenvolver enquanto jogador.

“Fiz toda a qualificação e depois falhar o Europeu foi muito difícil, era um sonho de criança. Senti-me frustrado por falhar uma competição importante pelo meu país, mas tentei olhar por uma perspetiva diferente e tentei ter umas boas férias e preparar bem a época seguinte, que acabou por ser uma das melhores da minha carreira”, revelou.

Na conferência “Ativar o potencial dos portugueses”, organizada pela Federação Internacional de Coaching e realizada na Universidade Nova de Lisboa, o médio, a falar por vídeo desde Manchester, disse que a pressão faz sempre parte da vida de um futebolista e que não é “uma coisa má”.

“A pressão é uma coisa a que nos habituamos. Sentir pressão não é uma coisa má. Se não a sentirmos, alguma coisa está errada. Saber lidar com isso e ter noção que a pressão é normalíssima é o primeiro passo para dar a volta aos maus momentos”, explicou.

Bernardo Silva, de 25 anos, realçou que cada atleta tem “bons e maus momentos”, que têm de se “aceitar com naturalidade”, pois acredita que é um caminho para progredir e ser melhor.

“Todos os atletas têm bons e maus momentos. É preciso aceitar isso com naturalidade, para que a duração dos bons momentos seja maior e dos maus momentos a menor possível. Independentemente do patamar onde estamos, há sempre margem para progredir. É um caminho para sermos melhores dia após dia”, sublinhou.

O atleta, que também atuou pelos franceses do Mónaco e revelou ter sido mais fácil a adaptação a França do que a Inglaterra, expressou não poder “agradar a todas as pessoas” e explicou que as coisas más fazem parte do crescimento de cada futebolista.

“Vamos ter sempre pessoas que elogiam e outras que criticam. As coisas más ajudam-nos a crescer, tal como as coisas boas. Tudo faz parte do crescimento. Também foi difícil sair de casa dos pais, mas abriu-me horizontes e cresci imenso ao sair da zona de conforto”, concluiu.

A conferência “Ativar o potencial dos portugueses” promove o debate sobre oportunidades de contribuir para uma maior ativação das potencialidades individuais e coletivas, contando com 17 oradores, portugueses e internacionais, e com o patrocínio da presidência da República.

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