Deixou muito a desejar, a verdade é essa... Foi uma exibição cinzenta pautada pela primeira derrota da 'era Roberto Martínez'. Mas, a história é só uma: Portugal saiu derrotado na Eslovénia por 2-0.

Já se fazia prever este desfecho, a exibição 'pobre' ficou marcada por Martínez a utilizar um novo sistema, dez jogadores diferentes no onze inicial e muitas dúvidas (ou então esclarecimentos) para o Europeu de 2024.

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O Jogo:

É caso para dizer que Roberto Martínez operou uma autêntica revolução no onze da Seleção Nacional, mantendo apenas o 'jovem' Pepe na titularidade em relação aos jogadores que começaram o encontro frente à Suécia.

No Estádio Stožice, em Ljubliana, fazia-se história, uma vez que, era a primeira vez que as duas seleções se encontram. Contudo, história houve pouca (mesmo muito pouca) nos primeiros 45 minutos do encontro. Ora, vamos lá a um breve resumo: muita posse de bola para Portugal, nenhum remate enquadrado à baliza das duas equipas e, ah... uma invasão de campo.

Na segunda parte, todos os olhos estavam postos em mais uma estreia, já que quase 28 anos depois da estreia do pai Sérgio, chegou a vez do filho Francisco.

Vinte minutos depois do início do segundo tempo, havia uma oportunidade para cada parte. A primeira surgiu dos pés de Sesko, que aproveitou o erro de António Silva em zona proibida, para rematar à baliza, mas Diogo Costa disse 'presente' e evitou o golo com uma grande defesa.

No caso português, ainda se gritou golo no estádio esloveno, mas, a verdade é que o remate de Cristiano Ronaldo saiu à malha lateral da baliza defendida por Jan Oblak.

A querer mostrar-se a Roberto Martínez, Francisco Conceição evidenciou-se com um grande corte, já na área portuguesa, evitando que a equipa da casa fosse criar perigo à baliza de Diogo Costa.
Contudo, não houve quem safasse Portugal da jogada de combinação entre Celar, Sesko e Cerin, que culminou no golo deste último. Autêntico balde de água gelada para a comitiva portuguesa em Ljubliana.

Mas se achava que já estava frio... a verdade é que Elsnik acabou por baixar a temperatura para -2º com um tiro certeiro para a baliza de Diogo Costa.

Ficou aquém a exibição individual e coletiva da seleção portuguesa, mas, como já diziam os Deolinda: "Se é para acontecer, pois que seja agora"...

Momento-chave:

O primeiro golo da Eslovénia veio confirmar o que toda a gente já via... a apatia portuguesa e a falta de criatividade e até mesmo vontade de ganhar o encontro. Verdade seja dita, Cerin acabou por afundar ainda mais a exibição dos heróis do mar que estiveram à deriva durante todos os 90 minutos do encontro, em Ljubliana.

O Melhor:

A estreia de Francisco Conceição acaba por ser um (dos poucos) pontos positivos no jogo de Portugal. O extremo do FC Porto é assim o sétimo estreante lançado por Roberto Martínez.

Sempre irreverente, Conceição ainda teve em destaque ao cortar uma jogada de perigo da equipa da casa, já na grande área portuguesa, mas, a par da equipa, não conseguiu levar a 'garra', a irreverência e a velocidade que Portugal tanto precisava.

O Pior:

Foi principalmente uma exibição apática e cinzenta a que Portugal fez na Eslovénia, o sistema de Roberto Martínez deixou um bocado a desejar... Houve falta de velocidade, pujança física, remate e até desequilíbrio no 1 contra 1... é caso para dizer que foi uma seleção antagónica àquela que goleou a Suécia na semana passada.

De recordar que existiram apenas dois remates da seleção lusa em 90 minutos, dá que pensar, não?

Reações:

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