O treinador do Paços de Ferreira, Ricardo Silva, revelou hoje a ambição de devolver o clube à I Liga de futebol, partindo de “um plantel competitivo, capaz de fazer a equipa entrar nas decisões”.

“O peso é grande, mas temos a certeza de que estamos preparados. Queremos estar nas decisões e isso significa levar isto até ao fim e podermos subir de divisão”, disse Ricardo Silva, durante a conferência de apresentação da nova equipa técnica do Paços.

O antigo técnico do Vilaverdense, que chega à Capital do Móvel com duas subidas consecutivas naquela formação minhota, deu conta do “grande privilégio” que é poder “representar um clube tão icónico” como o Paços, “um clube diferente para melhor, com condições extraordinárias”.

“Tive outros contactos, até com outros clubes da II Liga, e toda a gente me falou em subir de divisão. Temos de perceber para onde vimos, e não foi um passo, mas dois em frente. Viemos apanhar um clube organizado, de pessoas humildes e trabalhadoras, um clube que não considero de II Liga, que faz falta e queremos devolver ao futebol português”, referiu Ricardo Silva.

O jovem técnico, de 41 anos, lembrou ainda, sem citar diretamente nomes, a capacidade que o Paços tem para projetar jogadores e treinadores, insistindo na importância de construir “um plantel competitivo” para “fazer uma equipa capaz”.

Ricardo Silva, que aproveitou para fazer um agradecimento público ao Vilaverdense, com o qual tinha mais um ano de contrato, revelou que para a nova época “a máxima é qualidade", capaz de formar “um plantel com muita ambição e crença”.

“A qualidade não tem idade. Venho da Liga 3, que é competitiva e muito boa, com gente de muito valor, mas nem toda a gente tem essa qualidade para jogar na II Liga”, respondeu o técnico, desafiado a comentar a política de contratações do clube, limitada aos condicionalismos financeiros.

Para Ricardo Silva, “jogar à Paços é ganhar e jogar para ganhar”, na convicção de que, "se os adeptos sentirem esforço e dedicação, os jogadores serão aplaudidos”.

“Temos de ter capacidade de trabalho e humildade. Temos [hoje] 26 jogadores, mas também poderemos andar pelos 23”, concluiu o técnico, no final do primeiro dia da nova temporada.

Em Paços, Ricardo Silva, cujo contrato tem a duração de duas épocas, vai liderar uma equipa técnica formada ainda pelos adjuntos Luís Monteiro e Nuno Fonseca. Filipe Moreira será o responsável pelo treino dos guarda-redes, cabendo a Vasco Silva o papel de analista.

Os exames médicos repetem-se na terça-feira de manhã, prevendo-se a realização do primeiro treino de campo da parte de tarde, enquanto o programa de jogos de preparação será revelado oportunamente.

Plantel provisório do Paços para 2023/24 (II Liga):

- Guarda-redes: Marafona, Zé Oliveira e James (ex-Montalegre).

- Defesas: Nuno Lima, Pedro Ganchas, Antunes, Ícaro (ex-Académico de Viseu), Juan Delgado, Simão Rocha (ex-Torreense), Luís Bastos, Aldair (ex-Sanjoanense), Ferigra e Miguel Mota (ex-Montalegre).

- Médios: Jordan, Luiz Carlos, Tiago Ribeiro, Matchoi e Mauro Couto.

- Avançados: Nigel Thomas, Uilton, Welthon (ex-Felgueiras), Maga (ex-Montalegre), Edmilson (ex-Montalegre), Guilherme Pio (ex-Montalegre), Brian Cipenga (ex-Vilaverdense), João Celeri (ex-Grêmio Anápolis, Bra) e João Araújo (ex-Grêmio Anápolis, Bra).