O Leixões Sport Club repudiou hoje as agressões a atletas e funcionários registadas na noite de quinta-feira, durante um treino de futsal, em Matosinhos, e decidiu suspender “por tempo indeterminado” a atividade no Pavilhão da Biquinha.

“O Leixões pugna pela defesa dos valores humanos, os quais se sobrepõe sempre aos desportivos, pelo que não pactua com atos de vandalismo e violência gratuita, os quais deixaram sequelas físicas e psicológicas nas equipas presentes, bem como no seio da modalidade e clube”, refere em comunicado.

Assim, perante o ocorrido no Pavilhão da Biquinha, com a equipa júnior e sénior, “a direção do Leixões tomou a decisão de suspender por tempo indeterminado a atividade desenvolvida no espaço destacado e atribuído pela Empresa Municipal Matosinhos Sport ao clube”.

Um grupo de 15 a 20 pessoas entrou na quinta-feira no pavilhão onde habitualmente treina a equipa de futsal do Leixões, numa ação que culminou com a agressão a jogadores, tendo alguns sido transportados ao hospital para observação.

“Importa destacar que o Leixões conta nas suas fileiras com vários atletas oriundos do lugar da Biquinha e um significativo número de associados e simpatizantes”, acrescenta a nota publicada no sítio do clube matosinhense na Internet.

O clube refere que se tratou “de um episódio isolado ocorrido num local que respira Leixões – ‘Leixões é Biquinha e Biquinha é Leixões’ – e, por esse motivo, não toma “a parte pelo todo”.

“Não obstante, no sentido de pugnar pela defesa e honra dos nossos atletas e funcionários, e consequentemente da instituição, tomaremos todas as diligências para apurar cabais responsabilidades pelo sucedido e não deixaremos de exigir a punição de quem agiu desta forma absolutamente lamentável”, refere o comunicado.

Apesar de abalados “pelo triste e lamentável acontecimento”, que “não irá desviar o clube da luta pelos objetivos traçados”, o Leixões entrará em campo esta noite para defrontar a Urbanização de Areia, pelas 22:15, no Pavilhão Municipal da Senhora da Hora.

A equipa de futsal do Leixões treina no Pavilhão da Biquinha desde a época passada e, de acordo com o presidente do Leixões, Jorge Moreira, “o ambiente nunca foi muito favorável”, mas nada faria prever o que se passou na quinta-feira.

“Ontem [quinta-feira] estive no local e acompanhei os atletas no hospital, mas não consegui escalpelizar bem o que se passou. Hoje vou inclusive tentar reunir com o presidente da comissão de moradores e do bairro social da Biquinha para tentar perceber o motivo”, referiu Jorge Moreira.

Segundo o presidente, o motivo do incidente verificado no Pavilhão da Biquinha, em Matosinhos, poderá estar relacionado não com a instituição Leixões, em si, mas sim por uma questão identitária do espaço, que os moradores do bairro consideram ‘seu’.

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