Durante a noite desta quarta-feira era dado como certo a saída de Rui Vitória do Benfica. A imprensa portuguesa avançava que apenas a indemnização a apgar ao técnico estava a atrasar o anúncio da saída mas, esta quinta-feira de manhã, o caso sofreu um 'volte face', com Luís Filipe Vieira a segurar o técnico.

Na conferência de imprensa que deu no Estádio da Luz para abordar o porquê de ter mantido o técnico, o líder das 'águias' confidenciou que, quando falou com o treinador esta quinta-feira, este disse-lhe que abdicava de qualquer indemnização caso fosse demitido.

"O Rui Vitória quando falou comigo, hoje de manhã, disse-me: 'presidente, eu nunca serei um problema para o Benfica. Se tiver se abandonar o Benfica eu não quero indemnização nenhuma'. O Rui Vitória depois de saber que ia ficar, recusou uma proposta de ganhar seis milhões de euros ou dólares, por ano. O Rui não seria um empecilho para o Benfica. Aliás, nós já tínhamos decidido que se ele fosse embora, ele, enquanto estivesse desempregado, iria receber o salário. A nossa obrigação era de pagar o salário ao Rui Vitória e aos seus adjuntos. Por isso, o Rui Vitória é para ficar", justificou Vieira, antes de explicar o porquê da reunião de quarta-feira.

"O problema de ontem é que havia uma decisão, praticamente, tomada, mas normalmente eu discuto e ouço as outras pessoas. Dormi no Seixal e meditei bastante", disse Luis Filipe Vieira, antes de confirmar que o clube já estava à procura de possíveis nomes de técnicos. Um deles seria Bruno Lage, treinador da equipa B que podia ser uma solução transitória.

"Alguns nomes que vieram hoje foram falados. Mas não foi só ontem que foram falados. Mas nada mais se passou. A decisão está tomada e nunca contactámos essas pessoas. Ao longo do dia recebi muitos nomes de pessoas sobre treinadores que queriam vir e com alguns até fiquei surpreendido", atirou.