O treinador do FC Porto garantiu hoje ter estado longe dos incidentes ocorridos no túnel do Estádio do Dragão, após a receção vitoriosa ao Estrela da Amadora, na segunda-feira, da 14.ª jornada da I Liga.
“Não assisti a nada e em nenhum momento estive presente. Saí do relvado, entrei no túnel e deparei-me com o presidente [André Villas-Boas], tal como acontece sempre, porque ele desce àquela zona no final dos jogos para me cumprimentar. Cumprimentei-o, fui para o meu gabinete e não me apercebi de nada”, disse Vítor Bruno, questionado pelo tema na conferência de imprensa de projeção da visita de sábado ao Moreirense, da 15.ª jornada.
De acordo com o mapa de castigos, ao qual a agência Lusa teve acesso, o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol instaurou na quinta-feira um processo de inquérito para averiguar os incidentes ocorridos entre elementos das duas equipas no final da partida entre FC Porto e Estrela da Amadora, que os ‘dragões’ venceram por 2-0.
“Durante o jogo, percebi que houve algum rebuliço no banco [de suplentes da equipa da Reboleira]. As imagens documentam-no e são perfeitamente visíveis para todos, não tenho de ser eu a dizer. Se colocarem uma câmera em cima do banco adversário, percebem rapidamente qual foi o comportamento recorrente desde o início”, observou.
Na conferência posterior ao encontro, à qual chegou acompanhado por agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) e elementos da segurança privada do recinto, o técnico do Estrela da Amadora, José Faria, tinha denunciado uma “confusão enorme” no túnel, onde, entre outras pessoas, surgiu o presidente ‘azul e branco’, André Villas-Boas.
“Não quero alongar nesse tema. O presidente tem de defender os interesses do clube de forma intransigente. Se ele sentiu que devia descer [da tribuna presidencial] e ter algum tipo de atitude, fez muito bem”, concluiu Vítor Bruno.
O treinador do FC Porto pronunciou-se pela primeira vez sobre o assunto, uma vez que, ao contrário do habitual nas conferências de rescaldo dos jogos, tinha comparecido na sala de imprensa do Estádio do Dragão antes do técnico da equipa visitante.
O Estrela da Amadora terminou a partida em inferioridade numérica, devido à expulsão, por acumulação de amarelos, do defesa direito Danilo Veiga, aos 75 minutos, seguida do vermelho direto exibido a José Faria por palavras dirigidas à equipa de arbitragem liderada por Miguel Nogueira, da Associação de Futebol de Lisboa.
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