O Sporting de Braga disse hoje que o documento aprovado e assinado pelo executivo municipal sobre a segunda fase da cidade desportiva do clube foi elaborado sem o seu conhecimento, refutando a acusação de incumprimento.

Na quarta-feira, câmara municipal e Sporting de Braga reuniram para tentar encontrar uma solução para o impasse sobre o início da construção da segunda fase da cidade desportiva, nomeadamente do pavilhão multiúsos.

Em causa está, sobretudo, a cedência à autarquia de um espaço de 800 metros quadrados no futuro pavilhão, pretensão vertida num documento aprovado em Assembleia Municipal, mas que o clube diz ter recusado desde a primeira hora.

Hoje, depois de alguns documentos internos à atividade do município terem surgido nas redes sociais na internet, o Sporting de Braga emitiu um comunicado em que revela que "o documento aprovado e assinado pelo executivo municipal foi elaborado sem o conhecimento do clube".

Reiterando as declarações de António Salvador no final da referida reunião, o Sporting de Braga frisa que, "confrontado perante o mesmo [documento], refutou a possibilidade de enquadrar um espaço de 800 metros quadrados dentro da segunda fase da cidade desportiva para usufruto do município, assim como outras condições impostas pela autarquia".

O Sporting de Braga diz que, apesar de "conhecedora" da posição do clube e da "insistência" dos seus responsáveis nos últimos dois anos para um entendimento, a autarquia liderada por Ricardo Rio "manteve tais condições no contrato a assinar entre as partes", o que o clube diz só ter tido conhecimento "na véspera da data aprazada para a escritura, tendo informado a autarquia da recusa da assinatura de tal contrato".

"Neste quadro, não pode o Sporting de Braga aceitar a acusação de incumprimento", remata.

Ricardo Rio reagiu na sua página no Facebook, afirmando que o Sporting de Braga tinha conhecimento da proposta votada em Assembleia Municipal e concordado com ela.

"Todos os documentos que constam de deliberações municipais são imediatamente acessíveis por qualquer cidadão; os atuais órgãos municipais não deliberam nenhuma proposta que contenda com entidades terceiras que não tenha merecido a concordância prévia e expressa destas", lê-se.