O Desportivo de Chaves mostrou-se hoje surpreendido com a “dualidade” nos critérios aplicados pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) aos arguidos envolvidos nos confrontos entre transmontanos e estorilenses, reclamando justiça em “plenitude”.

"Não podemos deixar de demonstrar toda a nossa surpresa com a dualidade nos critérios aplicados relativamente aos acontecimentos verificados no jogo entre o Desportivo de Chaves e o Estoril Praia da temporada passada”, vincou a SAD do clube transmontano, em nota enviada à imprensa.

A SAD do Desportivo de Chaves, conjunto despromovido à II Liga portuguesa de futebol, foi condenada pela prática de duas infrações disciplinares, “com a sanção de multa no valor de 5.610 euros e ainda na sanção de realização de dois jogos à porta fechada”, divulgou hoje o CD.

Os factos remontam à partida referente à 30.ª jornada da época 2023/2024, a contar para a I Liga portuguesa de futebol, que colocou frente a frente Desportivo de Chaves e Estoril Praia, e que ficou marcada por uma invasão de campo, além de agressões entre adeptos transmontanos e jogadores da equipa da 'linha' no período de compensação.

“As imagens são claras e mostram que, pelo menos, dois jogadores do Estoril agrediram adeptos do Desportivo de Chaves, sendo que esses mesmos jogadores foram expulsos pela equipa de arbitragem e viram os respetivos processos, pasme-se, arquivados e ficaram impunes de qualquer sanção”, vincou a administração transmontana.

No comunicado hoje divulgado, o CD propõe o arquivamento do processo aos jogadores Pedro Álvaro e Marcelo Carné, envolvidos nos confrontos e expulsos após serem admoestados com o cartão vermelho direto nos descontos.

Perante esta decisão, a SAD do Desportivo de Chaves reclamou justiça e afirma que tudo fará para “salvaguardar os superiores interesses” do emblema ‘azul-grená’.

“O nosso único propósito é que a Justiça funcione na sua plenitude e não apenas de forma parcial. Até porque, quando assim é, deixa de poder dizer-se que foi feita justiça", conclui a nota.