Rui Vitória esteve no 12.º Fórum da Associação Nacional de Treinadores de Futebol e abordou vários temas do futebol nacional e internacional. A disputa pelo título de campeão português está ao rubro, mas Rui Vitória tem uma ideia clara quanto ao favorito para levantar o troféu no final da temporada.

"Vai ser terrível. Vejo três equipas a lutar e qualquer uma pode chegar em primeiro. Será uma luta até final. O Sporting está na frente com mérito, mas as outras duas têm argumentos diferentes, mas podem disputar o título até à última jornada", assumiu o técnico.

Neste momento Ryui Vitória está sem clube, mas orientou o Egito na última CAN. Os resultados não foram os pretendidos, mas isso faz parte do passado, como fez questão de explicar. "Já digeri tudo o que aconteceu. Criámos imensas expectativas nas pessoas, com enorme entusiasmo. Sabia que não seria fácil. Há várias variáveis no CAN que podem influenciar o resultado. Criámos uma relação muito próxima e interessante com os jogadores. Felizmente tem havido contactos, que surgiram mal eu saí do Egito, mas decidi que é preciso dar valor ao tempo. Não vivo obcecado com o treino e o jogo. Voltarei quando sentir que há condições para voltar. Tem que haver um chamamento, uma ideia que combine com a minha, seja onde for. Estamos abertos a tudo", garantiu.

Quanto às hipóteses de Portugal triunfar no próximo Campeonato da Europa, o treinador, de 53 anos, perspetiva um futuro brilhante para a Seleção Nacional. "Temos uma seleção de enorme qualidade, com ambição e jogadores com idades ótimas, que podem lutar pelo título, ainda que as outras seleções também sejam fortes. Às vezes tudo depende do sorteio ou do momento dos jogadores, mas Portugal tem condições para fazer um belíssimo Europeu. Temos uma riqueza quase ímpar. Estão a nascer jogadores de qualidade como cogumelos. Estão preparadíssimos para a alta competição", concluiu Rui Vitória.

O percurso do treinador português foi de clara ascensão, tendo começado nas divisões inferiores, ao serviço de clubes como Vilafranquense ou Fátima. Depois seguiram-se aventuras no Paços de Ferreira e Vitória de Guimarães, antes de chegar ao Benfica. Aí iniciou o percurso no estrangeiro, primeiro no Al Nassr (Arábia Saudita), depois no Spartak Moscovo (Rússia), antes de chegar à seleção nacional do Egito, onde esteve até à CAN deste ano.